A tribo Bajau pode ser definida como uma população que habita as costas da Malásia e da Indonésia e que geralmente vive em casas flutuantes no mar. Uma cidade que aproveita cada um dos benefícios concedidos pelo oceano, adaptando-se a seus recursos através de seu corpo. Uma das características mais marcantes dessa tribo é baseada na habilidade de seus membros, de mergulhar, por no máximo 13 minutos, e descer até os 70 metros de profundidade. Uma qualidade genética especial da qual um grupo de pesquisadores descobriu as razões.
Em um estudo publicado pela revista Cell, cientistas mostraram que a tribo Bajau pode passar tanto tempo debaixo d’água graças à adaptação genética de seu baço. Órgão muito maior que o normal, que lhes permite adquirir maiores doses de oxigênio e suportá-las pelo tempo que for necessário. Sem dúvida, um traço genético impressionante que se desenvolveu ao longo dos anos graças às inúmeras práticas baseadas na pesca submarina.
Deve-se notar que tudo tem sua origem no gene bem conhecido que regula as alterações do corpo. A evolução permitiu que essas pessoas optassem por um presente que poucas pessoas no mundo podem possuir, uma qualidade que elas usam para sobreviver e se adaptar ao ecossistema em que vivem. Para demonstrar suas teorias, os pesquisadores pegaram inúmeras amostras genéticas de diferentes membros da tribo e realizaram inúmeras sessões de ultrassonografia dos integrantes Bajau. Mais tarde, eles compararam esses dados com os de uma tribo próxima e perceberam que o baço dos Bajau era maior que dos outros seres humanos. Especificamente, 50% maior que a tribo de Saluan. Incrível!