Um tribunal de São Paulo sentenciou dois brasileiros de ascendência japonesa a 30 anos de prisão pelo assassinato de um japonês no Japão.
Em setembro de 2001, o japonês Inagaki Harumi, de 54 anos, proprietário de um bar, foi baleado no estômago e, em seguida sequestrado, na cidade Nagoya. O seu corpo foi encontrado mais tarde em um rio na província de Shiga.
Tribunais no Japão incriminaram vários japoneses no caso. No entanto, Marcelo Yokoyama e Alexandre Miura evitaram indiciamento ao fugir para o Brasil após o incidente. O governo japonês pediu ao Brasil que indiciasse os dois com base na legislação brasileira. Em 2017, promotores no Brasil indiciaram os dois por acusação de sequestro resultante em morte.
No julgamento, os advogados de defesa argumentaram que os réus teriam sido forçados a cometer o crime por desconhecimento da existência de uma trama por trás do incidente. Na terça-feira, o tribunal julgou que, por indícios apresentados em testemunhos consistentes, o sequestro foi premeditado e que os dois brasileiros desempenharam um papel central no crime.
Um dos advogados de Yokoyama declarou que a equipe de defesa acredita na possibilidade de reverter a sentença. O advogado deu a entender que a defesa estudará uma apresentação de recurso.
Fonte: NHK World-Japan