Pesquisadoras da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Rio Grande do Sul, criaram um novo tipo de pão, utilizando como base uma farinha nada comum.
O alimento foi elaborado com farinha de barata. ?Queríamos fazer algo diferente, usar uma matéria-prima com alto teor de proteína?, disse uma das engenheiras de alimentos, Andressa Jantzen.
Lauren Menegon, também engenheira de alimentos e Andressa, utilizaram 90% da farinha de trigo comum e 10% da farinha de barata desidratada. O resultado final mostrou aumento de 133% no teor de proteína do pão e redução de 68% da gordura na nutrição.
As baratas utilizadas na produção da farinha são as cinéreas, diferente das baratas comuns que vivem no esgoto. As cinéreas são criadas em cativeiros e podem ser consumidas por seres humanos.
As baratas cinéreas foram adquiridas em um criadouro em Betim, Minas Gerais e tem certificação do Ministério da Agricultura. Porém, a venda dos insetos por enquanto é voltada apenas para consumo animal.
Os pães não estão sendo distribuídos, pois o consumo das cinéreas ainda não foi autorizado e regulamentado pela Anvisa.
As engenheiras estão realizando novas pesquisas com outros alimentos, como bolos e barras de cereais, mas ainda não há análises científicas.