O papel da autoridade na criação de um filho é crucial para o adulto que você quer formar. Sejam amigos dos seus filhos, mas jamais deixem de ser pais.
Muitos pais sentem-se culpados por exercer autoridade sobre seus filhos. Às vezes, porque ficam muito tempo longe e não querem fazer o papel do vilão quando estão próximos. Em outras ocasiões, suas limitações os impedem de ter condições melhores na criação de um filho e, então, como uma forma de compensação, deixam de exercer sua autoridade. O que esses pais não compreendem é que ser firme é muito importante na construção de um adulto equilibrado e a maior prova de amor que pode dar aquele que se preocupa com a felicidade de seu filho.
Ter autoridade não significa ser autoritário, mas sim, ser um mestre na formação de um ser amado em desenvolvimento. E esse é o papel dos genitores, que podem saber ser amigos dos seus filhos em dados momentos, mas sem nunca esquecer que são seus pais. E ser pai significa amar sem perder a firmeza.
O arbítrio sobre um filho serve como um regulador positivo, como um trilho que mantém o trem na direção certa.
Caso contrário, uma criança pode vir a ser um adulto:
1. Sem Limites
A autoridade dos pais é fundamental para que o filho aprenda que a vida tem limites. Que certas atitudes e comportamentos ferem o funcionamento da sociedade e prejudicam até sua convivência no mundo. Que a sua liberdade termina quando começa a do outro.
2. Egoísta
Filhos de pais camaradas demais podem se tornar grandes egoístas porque como têm tudo a sua disposição e cresceram recebendo sem dar, acabam adotando esse sistema na vida, e então, repetirão com os outros o mesmo padrão de comportamento
3. Irresponsável
Pais que tudo resolvem para seus filhos ou passam a mão na cabeça para todos os seus erros estão criando um filho que jamais entenderá o valor da responsabilidade. Se somos permissivos, ensinamos aos nossos filhos que burlar as normas é normal, ao se torna adulto, ficará muito difícil mudar seu entendimento de correção.
4. Frustrado
Quando os pais deixam os filhos fazerem o que querem, não impõem limites ou banalizam seus erros trazem muitos prejuízos para a formação deles pois, quando crescerem e começarem a estabelecer relações fora de casa e no trabalho, as pessoas não serão tão permissivas e ouvir os nãos que nunca ouviu dos pais o deixará extremamente frustrado e infeliz.
5. Infantil
Quando os pais mimam demais um filho, a tendência é que ele insista em permanecer na infância onde vivia um tempo sem responsabilidade e não precisava fazer nenhum esforço para ter o que desejava. Então, adaptar-se à vida adulta com suas obrigações é uma situação da qual ele fugirá o tempo todo em forte negação de se tornar um adulto.
O papel dos pais é muito mais importante do que o dos amigos no desenvolvimento de uma pessoa. Ele não se resigna a apenas prover dando um lar, roupas e comida, mas também envolve a formação de uma personalidade bem elaborada, altruísta e correta. E, para tal, é fundamental que tenhamos o equilíbrio cirúrgico ao exercer a autoridade nos momentos em que ela é realmente necessária, sem negligência ou exageros e com muito amor, principalmente porque é na mais tenra infância que os valores humanos são aprendidos. E tais princípios e padrões que se enraízam em uma criança dificilmente se desprenderão do adulto que ela se tornará.
O adulto que um filho se tornou é o resultado da criação de seus pais.