Pesquisadores da Universidade do Mississippi estão desenvolvendo soluções sustentáveis para combater a poluição causada por microplásticos liberados pelo desgaste de pneus, que representam cerca de 45% dos microplásticos em ambientes terrestres e aquáticos. Essas partículas tóxicas, transportadas pela chuva até rios e oceanos, afetam a fauna aquática e podem atingir humanos via alimentação ou exposição pelo ar, especialmente em áreas próximas a rodovias.
Um dos principais compostos tóxicos liberados é o 6PPD-Q, relacionado à morte de espécies como o salmão prateado. A substância já foi detectada até na urina de crianças e adultos, levantando preocupações sobre seus efeitos no fígado, pulmões e rins.
Para conter essa poluição, os pesquisadores testaram biofiltros com biochar (carvão vegetal de casca de arroz) e lascas de madeira de pinho, conseguindo remover cerca de 90% das partículas de desgaste dos pneus da água da chuva em testes locais. Os materiais são acessíveis, derivados de resíduos agrícolas, e oferecem uma alternativa barata e ecológica.
Apesar da eficácia, o uso em larga escala ainda requer mais estudos, especialmente em locais de tráfego intenso. A substituição periódica dos filtros e o descarte correto são pontos essenciais. A pesquisa reforça o papel de soluções baseadas na natureza para enfrentar os impactos da poluição plástica na saúde ambiental e humana.
Fonte: Japan Today











