Hiroshima realizou nesta quarta-feira (6) a cerimônia que marcou os 80 anos do bombardeio atômico de 1945, reunindo cerca de 55 mil pessoas de um recorde de 120 países e regiões. O evento ocorreu no Parque Memorial da Paz e contou com a presença de hibakusha (sobreviventes da bomba), familiares de vítimas, autoridades japonesas — incluindo o primeiro-ministro Shigeru Ishiba — e representantes internacionais, até mesmo de países em conflito como Ucrânia e Israel. Palestina e Taiwan participaram pela primeira vez.
Às 8h15, hora exata do ataque, foi tocado o “Sino da Paz” e os presentes fizeram um minuto de silêncio. O prefeito Kazumi Matsui destacou a resistência dos hibakusha e reforçou o apelo pelo fim das armas nucleares. A cerimônia também foi a primeira desde que a organização Nihon Hidankyo recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2024, reconhecida por seu ativismo antinuclear.
Ishiba reafirmou o compromisso do Japão com os “Três Princípios Não Nucleares” e sua liderança em prol de um mundo sem armas nucleares, enfatizando o papel histórico do país como única nação a sofrer um ataque nuclear em guerra.
O número de mortos oficialmente reconhecidos aumentou em 4.940 no último ano, chegando a 349.246 nomes registrados no Cenotáfio das Vítimas. O número de sobreviventes vivos com certificado oficial caiu para menos de 100 mil pela primeira vez desde 1957, sinalizando a urgência em preservar suas memórias e relatos.
Fonte: The Mainichi








