O Brasil deu início nesta segunda-feira a três semanas de eventos preparatórios para a COP30, que acontecerá em Belém, de 10 a 21 de novembro, com o objetivo de reafirmar o compromisso global contra as mudanças climáticas.
As atividades começaram com encontros empresariais em São Paulo, onde mais de 100 mil empresas, representadas por 35 grupos, divulgaram uma carta pedindo incentivos urgentes para energias renováveis. No Rio de Janeiro, prefeitos e governadores participaram de uma cúpula de líderes locais, enquanto o príncipe William presidirá a cerimônia do prêmio Earthshot na cidade.
Apesar do simbolismo de sediar o evento 33 anos após a Cúpula da Terra, o clima global é de ceticismo e fragmentação, marcado por tensões geopolíticas, guerras e inconsistência nas políticas dos EUA sobre energia limpa.
A participação internacional na COP30 deve ser menor do que nas edições anteriores: até o momento, menos de 60 líderes confirmaram presença, em comparação com mais de 80 na COP29 e 100 nas COPs anteriores. O número de inscritos (12,2 mil) também é bem inferior aos 54 mil de Baku (COP29) e 84 mil de Dubai (COP28), em parte devido à capacidade hoteleira limitada e altos custos em Belém.
O governo brasileiro pretende destacar o protagonismo indígena durante a conferência. Uma flotilha de líderes e ativistas indígenas segue pelo rio Amazonas rumo a Belém, levando reivindicações ambientais a serem entregues aos chefes de Estado.
Segundo Dan Ioschpe, presidente da Ioschpe-Maxion, a concentração de eventos empresariais e locais em São Paulo e no Rio “mostra o potencial do Brasil em unir ação climática e desenvolvimento sustentável”.
Fonte: Japan Today









