O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido como Partido Nazista, foi um partido político de extrema-direita responsável por abusos e genocídios que mancharam de sangue a história mundial.
Além de todas as consequências geradas durante o período em que eles governaram a Alemanha, existem muitos fatos curiosos e intrigantes que não são contados nas escolas. Se você se interessa pelo assunto e busca conhecimento para evitar que algo semelhante se repita, veja abaixo a lista que separamos com 5 curiosidades sobre o Terceiro Reich.
1. Imunidade racial de Hitler
Como bem sabemos, durante o Terceiro Reich pessoas eram perseguidas e mortas para que a comunidade fosse formada somente por alemães puros, a chamada raça ariana. Judeus, ciganos, homossexuais e diversas outras minorias foram mortas pelo simples fato de existirem; mas, e se o próprio Adolf Hitler pertencesse a uma delas?
Um artigo inglês, publicado em 1933 no Daily Mirror de Londres, mostrava uma lápide em um cemitério judeu em Bucareste, na Romênia. Ela possuía inscrições em hebraico e indicava que um homem chamado Adolf Hitler tinha sido enterrado ali. A fim de evitar qualquer problema futuro, as leis do Reich que definiam um judeu foram elaboradas de forma que isentassem Jesus Cristo e o próprio Fuhrer, se necessário. O fato é que, apesar dos boatos, as chances de que ele possuísse ascendência judaica são bem pequenas.
2. Werner Goldberg, o jovem judeu nazista no cartaz
As políticas raciais utilizadas durante o Terceiro Reich pareciam selecionar bem seus pares, mas a realidade é que entre os arianos existia uma mistura muito grande de perfis. Pessoas comuns, coagidas pelo regime, lutavam ao lado de criminosos em busca de ação, e essa falta de opções acabou gerando uma situação completamente inusitada.
A propaganda era um dos pilares do regime, e cartazes com mensagens de esperança e êxito existiam aos montes. A grande incoerência é que a imagem escolhida para representar o soldado alemão ideal foi a de Werner Goldberg, que se alistou porque não conseguia emprego, devido a suas origens judaicas.
A foto, registrada durante sua participação na invasão da Polônia, deixou Hitler encantado. Quando sua identidade foi revelada e Werner teve suas origens descobertas, foi forçado a deixar o Exército. Ele morreu em 2004 e só sobreviveu na época porque fugiu de um hospital.
3. Dr. Eduard Bloch, o médico judeu de Hitler
Em um período de guerra, quando as informações são divulgadas de forma extremamente controlada, os absurdos podem não parecer tão grandes. Ao analisar os dados hoje, no entanto, vemos incoerências na perseguição aos judeus, mesmo dentro da lógica adotada pelos nazistas. Por exemplo, o médico que tratou da família de Hitler, inclusive do câncer de sua mãe, era judeu.
O detalhe é que, apesar das origens de Eduard Bloch, o ditador tratava o médico como uma exceção e o protegia da perseguição. No período mais duro do regime, Hitler ordenou que a Gestapo ficasse responsável por Bloch, mantendo o médico por perto até o fim da guerra, quando migrou para os EUA.
4. O chofer de Hitler
Emil Maurice foi um dos formadores da SS e possuía uma estreita relação de amizade com Hitler desde antes do início da guerra. Ele auxiliou o ditador durante o processo de escrita de seu famoso livro, “Mein Kampf”, sendo considerado um aliado de extrema confiança. O pequeno detalhe é que Maurice tinha ascendência judaica comprovada.
A informação não era um segredo, e líderes importantes do regime, como Heinrich Himmler, queriam o chofer longe da sala de comando. Em mais um caso de exceção, Hitler protegeu o amigo enquanto esteve em serviço.
5. A admiração de Hitler pela Ásia
A ideia de uma raça superior era reforçada a todo momento, mas apesar disso Hitler considerava a Ásia Oriental mais evoluída em termos culturais do que a Alemanha, principalmente China e Japão. Os dois países eram tratados como “arianos honorários” e considerados aliados. Isso até o início de tensões entre eles, quando o Terceiro Reich se manteve do lado japonês.
Em mais uma demonstração de incoerência, do líder de uma raça superior que possui semelhantes, ele declarou certa vez que: “Orgulho de uma raça – e isso não implica desprezo por outras raças – é também um sentimento normal e saudável. Eu nunca considerei os chineses ou os japoneses como inferiores a nós mesmos. Eles pertencem a civilizações antigas, e eu admito livremente que sua história é superior à nossa”.