A linha tênue entre a sinceridade e a educação (ou respeito) se chama sensibilidade.
Sensibilidade é a faculdade de sentir compaixão, simpatia pela humanidade, empatia, ternura. Sensibilidade é uma das mais admiráveis qualidades intrínsecas dos seres humanos, embora às vezes muitos pareçam “perdê-la”, como nos momentos de embriaguez por excesso de bebidas alcoólicas ou embriaguez pelo próprio ego, causado pela manipulação das emoções alteradas que parecem fugir do controle, principalmente no “escudo” das redes sociais.
O sentimento de incompatibilidade é normal. Nem sempre nos identificamos com o outro e quase sempre possuímos pensamentos divergentes. Porém, o que não nos deixa cometer o “sincericídio”, expressão muito utilizada hoje em dia, é a educação e o respeito pelo próximo, contidos nessa poderosa característica humana chamada sensibilidade.
Tudo o que parece ou soa diferente de nós, temos o impulso de criticar em nossos pensamentos, isso é comum.
O que não pode passar a ser comum é deixarmos a educação de lado e falarmos o que pensamos sem nos importamos em agredir os outros.
Com exceção dos narcisistas perversos, qualquer pessoa que, por um momento, perca a sensibilidade sem se importar com sentimentos alheios, é tomada posteriormente de arrependimento.
Se a sinceridade agressiva está muitas vezes se sobrepondo à educação e ao respeito, pode estar havendo uma manipulação da personalidade, principalmente em massa, dominada pelo “efeito manada”.
Porém, cedo ou tarde, nesse caso, o arrependimento vai bater à porta, pois qualquer pessoa consegue passar a se comportar como um narcisista perverso, mas jamais deixarão de sentir empatia e jamais perderão por muito tempo essa característica da mente sadia chamada sensibilidade.
Portanto, ao contrário do que parece, o mundo não está perdido, mesmo diante um aparente caos decorrente da sinceridade exagerada. A maioria das pessoas possui guardados em seus corações os tesouros da alma, como o perdão, a compaixão, o altruísmo, a sensibilidade, etc.
Só precisam se lembrar disso, recordar quem realmente são através da disciplina moral, reflexão e sabedoria.
Aí sim teremos um mundo que vai para frente e não para trás. Chega de guerras. Busquemos a paz dentro de nós!