Em alguns templos japoneses é comum ver a suástica budista que é chamada de Manji (万字), a princípio para os mais desavisados parece à suástica nazista, mas elas são diferentes.
A suástica nazista é representada em preto, virada para a direita e girada a 45° deixando os cantos apontados para cima, na suástica budista não há essa inclinação de 45° e geralmente é virada à esquerda (também pode ser à direita, veja abaixo).
A suástica budista é considerada o primeiro símbolo significativo da raça humana, além de ser um dos símbolos religiosos mais antigos que existem. Este símbolo é reconhecido em diversas culturas e religiões em todo o mundo como Hinduísmo, Budismo, Jainismo, Sikhismo e Taoismo.
O Manji (Sânscrito: Svastika) representa a interação harmoniosa dos opostos – céu e terra, dia e noite, etc. A linha horizontal une luz e escuridão, enquanto a linha perpendicular conecta simbolicamente o céu e a terra; e estes dois combinados, formam uma cruz que representa o universo em harmonia para além dos limites do tempo e do espaço.
A partir dessa harmonia vem o poder que cria e nutrem todas as coisas, as linhas das extremidades da cruz representam a verdade de que o universo e todas as coisas nele estão em um estado de fluxo perpétuo.
Se a suástica sempre simbolizou o bem e a harmonia, por que ela se tornou famosa como o simbolo nazista?
Desde que foi adotada como logotipo do Partido Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao racismo, à supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao Holocausto na maior parte do Ocidente.
Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade de Troia, sendo então associada com as migrações ancestrais dos povos “proto-indo-europeus” dos Arianos.
Ele fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que a suástica era um “significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais”, unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas.
Os nazistas utilizaram-se destas idéias, desde os primórdios dos movimentos chamados “völkisch”, adotando a suástica como símbolo a “identidade ariana” – conceito este referendado por teóricos como Alfred Rosenberg, associando-a às raças nórdicas – grupos originários do norte europeu. A suástica sobrevive como símbolo dos grupos neonazistas ou como forma de alguns grupos de ativistas ofenderem seus adversários.