A palavra ossan, em japonês, é utilizada para se referir àquele tiozão barrigudinho, meio chato que faz as piadas do “pavê ou pacumê”. Ainda assim, um cara chamado Takanobu Nishimoto está lutando para tirar o lado negativo da palavra e fazer com que as pessoas, ao verem seu serviço, não desanimem.
O serviço em questão é oferecido pela empresa de Nishimoto, a Ossan Rental, que, basicamente, oferece tiozões queridos para quem precisa. Com um pagamento de 1000 ienes, o equivalente a R$ 35 por hora, você pode alugar um tio para chamar de seu.
Os tiozinhos ofertados podem realizar várias tarefas, desde dar uma mãozinha na hora da mudança até comparecer a uma cerimônia de casamento ou passar uma tarde conversando com a pessoa que contrata o serviço, ouvindo e dando conselhos. Coisas de tio mesmo.
A ideia por trás do negócio é a de que a voz da sabedoria de uma pessoa mais velha é sempre muito útil e pode ser aproveitada nas mais diversas situações. Para melhorar a coisa toda, Nishimoto afirma que os próprios tios alugados se beneficiam do serviço que prestam, por se sentirem úteis, mais confiantes e, inclusive, porque, para trabalharem, precisam cuidar melhor da aparência e da saúde.
Negócio de sucesso
Quando a empresa começou a oferecer seus serviços, em meados de 2012, Nishimoto era o único tio no catálogo de aluguel, mas hoje o negócio já cresceu tanto que os clientes podem escolher entre os 80 tios disponíveis no catálogo.
Nishimoto garante que o histórico de cada indivíduo cadastrado foi devidamente pesquisado, por motivos de segurança, e que cada um é catalogado no sistema também com base em sua própria personalidade, para que combine com a pessoa que contrata o serviço. Cada tio, para estar disponível, também tem que pagar uma mensalidade e assinar um contrato de fidelidade de 1 ano.
O empreendedor explica que a maioria das pessoas que buscam alugar um tio são mulheres com idades entre 20 e 50 anos, e que o cadastro do site recebe cerca de 900 reservas por mês. O tio mais popular dos disponíveis tem, em média, 60 solicitações de aluguel por mês.
A ideia acabou ganhando popularidade no Japão, e outras empresas já oferecem serviços semelhantes. Há até uma que possibilita que os clientes aluguem uma mãe, mas aí o investimento é mais caro: o equivalente a R$ 160 por hora.