A vida é cheia de escolhas. O tempo todo nos apresenta dilemas, opções, possibilidades onde é preciso fazer escolhas. Em todas as áreas da nossa vida estamos escolhendo.
Mas este processo de escolha é difícil! Há pessoas que escolhem com objetividade, algumas por intuição, e ainda outras que analisam os prós e os contras de cada possibilidade com muito esmero. Tudo isto depende de como a pessoa é, de como ela vivencia o mundo. Acho que não há uma forma certa ou errada para fazermos nossas próprias escolhas.
Porém, o grande “problema” da escolha – e é por isto que ela é tão difícil – é que quando você escolhe algo, você também perde. Se é uma escolha entre duas opções, você perde pelo menos uma. Quando são mais, você ganha “apenas” uma.
Como vivemos num mundo que infelizmente está acostumado a dar ênfase à carência, à falta, ao negativo, acabamos por minimizar o ganho e superestimar o que perdemos.
Então, além de todo o processo difícil e penoso que passamos enquanto escolhemos, não aproveitamos bem a nossa escolha, pois ficamos ainda presos no que não escolhemos, ou seja, no que perdemos.
Precisamos mudar a forma de nos comportar e pensar para podermos aprender a valorizar o ganho em nossas vidas. Precisamos aprender a valorizarmos o que temos de bom, em todas as áreas, e, consequentemente, o ganho de nossas escolhas. O que escolhemos precisa pesar mais do que o que não escolhemos dentro de nossa escala de valores e satisfação. Precisamos aprender a sermos e a nos sentirmos vitoriosos, e não perdedores.
Mais uma vez, a força da gratidão é a solução. Ser grato não é apenas questão de justiça e reconhecimento do que a vida nos dá de bom.
Ser grato é também questão de inteligência, pois, se estamos sempre focados na gratidão, conseguimos valorizar dez vezes mais o objeto da nossa escolha.
Com isto, o que perdemos é minimizado, perdendo seu peso e importância, frente ao que ganhamos a partir de nossa própria decisão. Então, a responsabilidade decorrente do fato de exercer uma escolha perde o seu fardo e ganha cara de autonomia e independência.
Outra coisa importante é nos conscientizarmos da necessidade de mudarmos um padrão nocivo e arraigado em nossa cultura que nos coloca para baixo. É o padrão mental, mesmo que inconsciente, de que não somos merecedores das coisas boas, de que não podemos ganhar, de que não podemos vencer.
Este padrão faz com que nos sintamos inseguros na hora de fazer uma escolha. Faz com que fiquemos com medo de tomarmos uma decisão ruim, escolher a pior opção.
Vamos desconstruir este padrão nocivo e construir outro que valoriza a nossa experiência de vida, a nossa jornada, conhecimento e inteligência.
Nossas características positivas precisam ser mais valorizadas do que as negativas, a começar por nós mesmos.
Pense: “As minhas qualidades eu aperfeiçoo cada vez mais, enquanto os meus defeitos são transmutados em qualidades.”
Você verá que, aos poucos, sua autoestima estará crescendo, e com isto sua segurança e facilidade para fazer uma escolha se tornarão cada vez mais fáceis.
Pense, sinta e repita todos os dias: “Eu sou merecedor da felicidade completa. Eu sou responsável por minhas escolhas e sempre ganho com elas”.