A Amazon e seu CEO Jeff Bezos vêm sendo criticados repetidas vezes já há algum tempo, por conta de supostas condições abusivas de trabalho em ambientes insalubres e com salário bem abaixo do que as categorias de trabalhadores dos depósitos exigem. Após desentendimentos até mesmo com o Senado norte-americano, a gigante varejista decidiu “flexibilizar” suas políticas de pagamentos e anunciou nesta terça-feira (02) o aumento do piso de US$ 15 (R$ 58,78) por hora nos Estados Unidos.
“Escutamos nossos críticos, pensamos muito sobre o que queríamos fazer e decidimos que queremos liderar”, disse o fundador e CEO da Amazon, Jeff Bezos, em comunicado. O novo valor entra em vigor no dia 1º de novembro e será aplicado a todos os funcionários em tempo integral, meio período, temporários e sazonais — incluindo contratados pelas agências.
Essa medida deve beneficiar mais de 250 mil funcionários da companhia, além de mais de 100 mil funcionários que serão contratados para os feriados. A Amazon emprega mais de 575 mil ao redor do globo e também eleva seu salário mínimo no Reino Unido, para 9,50 libras esterlinas (R$ 48,32) por hora — em Londres a alta é maior, para 10,50 libras esterlinas (R$ 53,41) por hora, a partir do dia 1º de novembro.
A empresa de Jeff Bezos também defende que outras gigantes do setor e o próprio salário mínimo federal, que se mantém estacionado nos US$ 7,25 (R$ 28,41) por hora desde 2009. Essas ações, juntamente com o recente anúncio de doações de US$ 2 bilhões para fundo de caridade envolvendo sem-tetos e projetos educacionais, vêm para diminuir as críticas e até mesmo suavizar um pouco a imagem da Amazon entre os operários e a opinião pública.
Contudo, há quem veja essas ações com certa desconfiança, pois as condições de trabalho nos galpões não teria mudado muito assim, mesmo com essa nova política salarial.