Alguns moradores de Hiroshima e Nagasaki no Japão, cidades atingidas por bombas atômicas durante a 2ª Guerra Mundial, criticaram o anúncio feito pelo presidente americano, Donald Trump, de abandonar um tratado sobre mísseis nucleares.
Os pais e a irmã de um morador de Hiroshima, hoje com 72 anos de idade, presenciaram a explosão. Ele afirma que os relatos catastróficos do ataque nuclear que ouviu dos pais quando jovem estão gravados profundamente em sua memória. Para ele, países não deveriam possuir armas nucleares se o objetivo é alcançar a paz mundial. Defendeu ainda que o governo japonês precisa se opor claramente à decisão de Trump.
Uma mulher de 55 anos de idade também de Hiroshima disse que a declaração do presidente americano a deixou triste porque ela é uma firme defensora da abolição das armas nucleares. Segundo ela, sem o apoio de grandes potências como os Estados Unidos e a Rússia, será difícil alcançar tal objetivo.
Um sobrevivente da bomba atômica de Nagasaki que participava de um protesto no Parque Memorial da Paz na cidade apontou que Donald Trump não é consistente quando busca a desnuclearização da Coreia do Norte enquanto aumenta o arsenal americano.
Outro sobrevivente disse que a saída do acordo é contrária ao movimento rumo à abolição dos armamentos atômicos desencadeado pela criação no ano passado do Tratado de Proibição de Armas Nucleares pelas Nações Unidas.