Jatos de combate norte-americanos se lançaram sobre o Oeste do oceano Pacífico neste sábado (3), conforme o porta-aviões USS Ronald Reagan se juntou a destróiers japoneses e um navio de guerra canadense para o maior exercício militar de prontidão para o combate já realizado no Japão ou seus arredores.
Japão e Estados Unidos mobilizaram 57 mil marujos, fuzileiros navais e aviadores para o exercício bienal de Keen Sword, 11 mil pessoas a mais do que em 2016, com simulações de combate aéreo, aterrissagens anfíbias e exercícios de defesa de mísseis. O contingente japonês de 47 mil pessoas representa um quinto das forças armadas da nação.
“Estamos aqui para estabilizar e preservar nossa capacidade, caso seja necessário. Exercícios como o de Keen Sword são exatamente o tipo de coisa que precisamos fazer”, disse o contra-almirante Karl Thomas, comandante do grupo de ataque do porta-aviões, durante uma entrevista coletiva no convés do Reagan, enquanto os jatos F-18 saíam da plataforma de decolagem acima dele.
Oito outros navios juntaram-se ao porta-aviões para exercícios de guerra anti-submarinos, em uma demonstração de força em águas que Washington e Tóquio temem estarem cada vez mais sob influência de Pequim.
Um navio de abastecimento canadense também participou do Keen Sword, junto com uma fragata que zarpou ao lado do Reagan no sábado.
A participação canadense leva o exercício bilateral que começou em 1986 “para o campo dos exercícios multilaterais”, disse o adido de defesa do Canadá no Japão, capitão Hugues Canuel, em Tóquio. A participação em Keen Sword, acrescentou, reflete o desejo do Canadá de ter presença militar na Ásia.
O crescente interesse estrangeiro na segurança da Ásia, incluindo no desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos pela Coreia do Norte, coincide com o maior desejo do Japão de apoiar sua diplomacia regional com uma demonstração de força militar.