Nesta quarta-feira, 21 de novembro de 2018, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, jogo simbólico para a indústria de video games, assopra as velinhas de 20 anos de vida. São duas décadas de um título que, à sua própria maneira, escreveu a marca na linha do tempo assim que foi lançado, no dia 21 de novembro de 1998, no Japão.
Nada menos que 800 mil cópias foram comercializadas em dois meses – um número que, para a época, é exorbitante, em contraste ao que ocorre com GTA 5 e Red Dead Redemption 2 na atualidade, em que milhões são vendidos em poucos dias.
À época do lançamento, Ocarina of Time encantou por inúmeras razões: foi o primeiro Zelda tridimensional, numa exploração multidirecional que, de certa forma, configurava um mundo aberto, sem que necessariamente houvesse esse conceito formado ainda.
O tom da história, que se guinava para um lado sombrio na fase do Link adulto, também trouxe uma nuance inédita para a indústria, estabelecendo muitos dos paradigmas que conhecemos hoje por “narrativa”, um termo que se popularizou ao longo dos anos e, às vezes, serve como um substituto para “história” ou “enredo”.
RPG? Aventura? Um pouco dos dois?
Muito se discute sobre o gênero ao qual a franquia pertence. Há um grupo que prefere não classificar os jogos como RPGs, especialmente os grandes e canônicos – aqueles que têm Ganondorf, a princesa Zelda, o Temple of Time e outros aspectos clássicos dos tradicionais. O sistema de progressão acontece por meio de equipamentos, e não de níveis, e isso também abre o leque de discussões.
Há quem diga que “Zelda é do gênero Zelda”, uma vez que a série oferece um sistema único, que mistura elementos existentes nos gêneros em pauta – sendo uma mistureba de tudo que é bom. É mais ou menos como Dark Souls: em suma, ele é um RPG, mas há quem prefira classificá-lo apenas como “Dark Souls”, definindo-o como um “estilo From Software” de ser.
A maior média do Metacritic da história
The Legend of Zelda: Ocarina of Time detém, até hoje, a maior média do Metacritic da história: 99. Claro que os tempos eram diferentes e não havia uma mídia tão abrangente quanto hoje, em que os produtores de conteúdo independentes também têm voz e entram na soma das notas. Antes, os consumidores dependiam de revistas para se manter informados. Hoje, a internet abraçou o mundo com inúmeros canais, veículos e meios de informação. Ainda assim, a marca histórica de Ocarina of Time está ali:
Conversões e sequência
Ocarina of Time ganhou conversões no GameCube, remake no 3DS e povoou o Virtual Console. Majora’s Mask, que chegou dois anos depois e trouxe o mesmo Link de Ocarina of Time, foi um “patinho feio” no início – sem Ganondorf, sem Zelda e sem dungeons no formato tradicional, mas com ótimas mecânicas de viagem no tempo, equipamentos funcionais, principalmente com o uso das máscaras, e uma história própria bem madura.
A Nintendo convida todos a compartilharem suas memórias dessa obra atemporal. “Neste dia, 20 anos atrás, The Legend of Zelda: Ocarina of Time foi lançado no Japão. Quais são suas memórias dessa aventura atemporal do Nintendo 64?”, pergunta a empresa no Twitter.
https://twitter.com/NintendoEurope/status/1065168481006559232