Nossos antepassados costumavam fazer túmulos megalíticos, tais como as pirâmides, para o local de descanso eterno dos mais poderosos líderes da época. Apesar de conhecermos muito da cultura egípcia, esse comportamento também foi visto em outros lugares do mundo, como no Japão, que tinham os kofuns.
Os kofuns eram grandes estruturas com formatos diversos: circular, retangular ou quadrilátero, por exemplo. Outra forma bastante usada era a de um buraco de fechadura, sendo assim a maior tumba do Japão – e uma das maiores do mundo –, localizada na cidade de Sakai.
Chamada de Daisenryo-Kofun, esse túmulo fica bem no centro da cidade e é rodeado por ao menos três fossos. Vistos de cima, parece uma grande floresta em formato de buraco de fechadura. Já dentro dela, o túmulo em si, que faz o formato da fechadura, é um monte artificial que mede quase 500 metros de comprimento e 300 metros de largura. Ele e outros túmulos menores que formam o complexo podem ser incluídos em breve na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO.
Acredita-se que ali está enterrado o imperador Nintoku, o 16º do Japão, que viveu no país no século V. O local é tão sagrado que, hoje em dia, ninguém está autorizado a visitar a parte interior dos fossos, no centro da “fechadura”. Em 1872, um tufão danificou a parte inferior da estrutura e, desde então, ninguém mais pode ir até lá – nem mesmo a realeza japonesa!
Como é uma região sagrada, é possível até que tesouros do imperador estejam enterrados por ali, ainda que essa seja apenas uma especulação, já que as pesquisas nos kofuns não são facilmente autorizadas – e neste daqui, em particular, extremamente proibidas.