O projeto Bloodhound SSC foi descontinuado no Reino Unido. O motivo: falta de grana para bancar os custos. A invenção tinha como objetivo romper a barreira dos 1000 MP/h (1600 KM/h).
Embora o projeto tivesse chamado a atenção de várias empresas dispostas a ajudar a arcar com os custos, como a Jaguar e a Geely, nenhuma delas (ou todas juntas) conseguiu arrecadar o valor necessário para levar os planos do programa adiante. Nem mesmo a queda da libra esterlina perante o Euro ajudou. Quando o projeto deu início ao processo de falência, em outubro passado (2018), o valor estava estimado em US$ 33 milhões. Esta semana, após a baixa da moeda inglesa, caiu para US$ 31 milhões.
Quem iniciou o projeto Bloodhound SSC foi Richard Noble, o mesmo que já havia quebrado um recorde de velocidade em 1982, com o Thrust 2, e liderou o projeto Thrust SSC, em 1997, o qual rompeu a barreira do som com um veículo terrestre.
Desta vez, a velocidade do som, que é de pouco mais de 1200 KM/h ao nível do mar, ficaria para trás. A meta do Bloodhound SSC era passar dos 1600 KM/h. Para isso, ele contava um motor híbrido com potência de foguete, da NAMMO, e um motor a jato Rolls Royce EJ200. O veículo havia sido testado a, no máximo, 337 KM/h. Só seria possível alcançar sua velocidade total na África do Sul, no espaço aberto escolhido para os testes definitivos.
Com o fim do Bloodhound SSC, restou o projeto americano Eagle, que usa o motor de um Lockheed F-104 Starfighter como base. A esperança, agora, é que os americanos tenham mais sorte (leia-se dinheiro), e possam investir e custear esta iniciativa.