Encontrar alternativas sustentáveis para reduzir ao máximo o uso de combustíveis fósseis é uma necessidade rumo a um futuro mais ecológico. No setor automobilístico, algumas fabricantes importantes se destacam por inovar em tecnologias ligadas ao uso de energia elétrica, como é caso da Tesla, BMW e Nissan. Entretanto, a Toyota está investindo em um sistema diferente daquele usado por essas empresas. Exemplo disso, é o seu atual Toyota Mirai, um sedã elétrico movido a células de hidrogênio.
De início, a palavra “mirai” em japonês significa futuro, o visual do automóvel é condizente com esse aspecto, parecendo uma versão mais futurista do Prius, híbrido da Toyota. Mas como o carro funciona? Por meio de energia gerada no interior dessas células, através de um processo eletroquímico, que consiste na introdução de hidrogênio no ar do oxigênio. Essa reação produz e elimina somente água como resíduo, o que, evidentemente, é muito mais limpo do que os gases poluentes liberados através da combustão gerada nos meios tradicionais.
Como o carro é abastecido
A tarefa de abastecer o Toyota Mirai também não deve complicada. Para isso, basta procurar um posto de hidrogênio da marca mais próximo e seguir com os mesmos procedimentos feitos em situações com carros comuns — basta abrir um compartimento em sua lateral e inserir o bico da mangueira com o combustível. Uma das principais vantagens desse sistema é que o abastecimento leva apenas 5 minutos. No caso de automóveis elétricos, esse tempo ultrapassa os 30 minutos. Com capacidade máxima cheia — de 4,5 quilos de hidrogênio —, o Mirai consegue rodar até 500 quilômetros.
Além do importante aspecto ecológico, a fabricante oferece uma espécie de bônus de até 15 mil dólares, com validade de três anos, para que seus compradores possam abastecê-lo. A empresa ainda disponibiliza revisão gratuita durante esse período ou até que sejam atingidos 57 mil quilômetros rodados. O carro, assim como os modelos elétricos comuns, aparenta ser relativamente silencioso, emitindo pouco ou nenhum ruído. Seu interior é equipado com controles inteligentes e modernos. Ainda, tem radar para evitar colisões e um sistema com acesso rápido a um assistente de emergência, que funciona 24 horas.
Desvantagem do carro movido à hidrogênio
A grande desvantagem de ter um Mirai é que a Toyota tem uma restrita rede de postos de bombas de hidrogênio. Esse também é o único meio de abastecê-lo, ao contrário de carros elétricos, como os da Tesla, em que isso pode ser feito até mesmo em casa. O preço para fazer esse abastecimento também é meio alto, sendo em torno de 15 dólares o quilo desse combustível. Em questões de velocidade, o modelo japonês atinge cerca de 100km/h em 9,4 segundos, enquanto os modelos elétricos da companhia de Musk têm esse tempo reduzido para no máximo 3,3 segundos.
Infelizmente, o Toyota Mirai ainda não pode ser adquirido facilmente, podendo ser encontrado somente em algumas regiões da Europa, Japão e Estados Unidos. Nesse último país, o sedã é vendido por cerca de 60 mil dólares — um pouco mais de 230 mil reais na conversão de hoje. Ainda não se sabe se ele será produzido em larga escala, mas é certo que acena para novos caminhos frente à redução de impactos ambientais.