A Universidade Nihon, que fica em Tóquio, no Japão, admitiu nepotismo em seu processo seletivo para privilegiar filhos de ex-alunos em cursos de medicina. De acordo com o Japan Times, esta é a nona universidade japonesa acusada de manipular resultados nos exames de admissão.
A fraude foi descoberta após uma investigação do Ministério da Educação, que investigou 81 instituições de ensino.
Na Nihon, oito estudantes admitidos em 2017 e 2018 foram selecionados da lista de espera no lugar de outros 10 alunos que tiveram um bom desempenho nos testes gerais.
Testes de admissão ignorados
Na Universidade Nihon, funcionários envolvidos no processo de admissão disseram que nos últimos dois anos deram preferência a 10 candidatos cujos pais se formaram na mesma escola de medicina, ignorando os resultados dos testes de admissão.
“Gostaríamos de expressar nosso sincero pedido de desculpas a todos os candidatos, estudantes que atualmente freqüentam a nossa escola e o resto da sociedade”, disse Takayama.
“Como o Ministério da Educação apontou, tivemos casos impróprios e perdemos a confiança em nossas práticas”, acrescentou.
A universidade disse que agora permitirá uma segunda chance aos candidatos que já foram rejeitados, caso eles ainda queiram ingressar na escola de medicina.
A instituição disse ainda que a partir do próximo ano esclareceria o processo de seleção da lista de espera, mas ainda não decidiu se investigaria mais práticas em anos anteriores. No entanto, admitiu que a mesma prática se repetiu em 2016, privilegiando oito alunos.
Investigações
A Universidade Nihon é a nova instituição acusada de manipular resultados nos exames de admissão.
Desde agosto, quando foi comprovado que a Universidade de Medicina de Tóquio estava fraudando as notas de candidatas mulheres para diminuir a frequência delas nos cursos de medicina, o Ministério da Educação passou a investigar os processos seletivos do país.
Foram analisados os vestibulares de 81 escolas de medicina. As que admitiram tratamento injusto incluem a Universidade Showa de Tóquio, a Universidade de Fukuoka e a Universidade de Kobe.
Os envolvidos no escândalo da Universidade Nihon negaram qualquer forma de discriminação contra as mulheres, mas disseram que a proporção média de candidatos masculinos bem-sucedidos para mulheres era de 1,49.