A Huawei deve abrir um processo contra o governo dos Estados Unidos em retaliação ao anúncio sobre a proibição do uso dos produtos de telefonia da empresa por seus agentes oficiais. Segundo o governo, o uso deles gera uma brecha na segurança do país.
De acordo com o jornal New York Times, o processo também pode ser uma forma de forçar o governo a revelar seus motivos mais contundentes para justificar o banimento de produtos chineses. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou a Huawei por supostamente ter roubado segredos da T-Mobile e ter violado sanções americanas ao tentar fazer negócios com o Irã. A empresa diz ser inocente das acusações.
A CFO da Huawei, Meng Wanzhou, foi preso no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, por ter tentado encontrar meios de burlar as sanções aplicadas no Irã. Ela foi liberada em seguida após sua fiança ser paga, mas pode ser extraditada para os Estados Unidos. A T-Mobile recebeu US$ 4,8 milhões pela justiça do estado de Seattle pelo processo de roubo de segredos da empresa.
O governo dos EUA vem realizando uma campanha junto a outros países, principalmente aqueles que contam com bases militares americanas em seus territórios, para interromper o uso de equipamento de telecomunicações fabricados pela Huawei. Os países, como Canadá, Alemanha, Japão e Itália, foram procurados pelos Estados Unidos, que afirmam que a tecnologia 5G, usada em aparelhos da empresa chinesa, pode ser suscetível a cibertataques e espionagem.