Durante a Conferência de Colisão, em Toronto, nesta terça-feira (21), o ex-chefe de segurança do Facebook, Alex Stamos, disse que Mark Zuckerberg deveria encontrar alguém para administrar a empresa em seu lugar, o que permitiria que ele retornasse ao seu trabalho de construção de produtos.
“Há um argumento legítimo de que ele tem muito poder. Ele precisa desistir desse poder. Se eu fosse ele, iria contratar um novo CEO para a empresa”, contou Stamos, que deixou a empresa em 2018.
A rede social teve um rápido crescimento nos últimos anos, graças a outras aquisições feitas pelo Facebook, como o Instagram e WhatsApp. Os críticos também acreditam que devido ao grande poder da empresa, ela precisa ser mantida sob controle.
O ex-chefe de segurança ainda completou: “Ele deve contratar um CEO que possa ajudar a sinalizar interna e externamente que a cultura precisa mudar”. Stamos chegou a sugerir um nome para essa possível substituição, o presidente da Microsoft, Brad Smith.
Histórico – Desde o ano passado, Zuckerberg e Facebook passam por uma série de questões de envolvendo privacidade e segurança, incluindo o escândalo da Cambridge Analytica. Stamos é bem familiarizado com o assunto, ele desempenhou um papel central na resposta do Facebook aos ataques de trolls russos nas eleições presidenciais de 2016, nos Estados Unidos. Além disso, ele também tem a reputação de confrontar outros líderes da empresa sobre questões desafiadoras de privacidade.
Não é a primeira vez que o criador da rede social sofre com palavras de ex-funcionários. Para o cofundador do Facebook, enquanto estudava em Harvard, Chris Hughes, disse no início deste mês que a empresa deveria se dissolver.