Através da análise do DNA, pesquisadores descobriram como era o rosto de uma mulher que viveu em Hokkaido, no Japão, há cerca de 3,8 mil anos, durante o período Jomon (10500 a 300 a.C) — em que os primeiros povos a ocuparem as ilhas japonesas iniciaram o desenvolvimento de uma cultura própria
A mulher tinha alta tolerância ao álcool, pele e olhos um pouco escuros e grandes chances de ter manchas em seu rosto. Os genes mostraram que ela ainda tinha altos riscos de desenvolver lentigo (manchas hepáticas) caso ficasse muito tempo exposta ao Sol, por isso, sardas foram acrescentadas na representação de seu rosto.
A mulher tinha um gene que estava presente em 70% da população que viveu no Ártico e que ajuda na digestão de comidas gordurosas. Tal característica pode provar que o povo do período Jomon pescava e caçava animais com acúmulo de gordura.
“Os habitantes de Hokkaido durante o Jomon não apenas caçavam animais terrestres, como veados e javalis, mas também pescavam e caçavam focas, leões-marinhos-de-Steller, leões-marinhos, golfinhos, salmão e truta”, contou ao portal Live Science, Hideaki Kanzawa, curador de antropologia no Museu Nacional de Natureza e Ciência em Tóquio. O DNA da mulher foi extraído de seus dentes molares:
Segundo Kanzawa, muitas relíquias relacionadas à caça de animais marinhos também foram encontradas próximas à ilha de Rebun, onde os restos mortais da mulher foram encontrados.