Um novo estudo relacionado à felicidade analisou a forma como nada menos que 1 milhão de adolescentes nos Estados Unidos gastam seu tempo livre e quais atividades seriam ou não relacionadas com o tema.
O objetivo dos pesquisadores era avaliar se a forma como os adolescentes passam seu tempo livre poderia parcialmente explicar uma surpreendente queda nos níveis de felicidade deles desde 2012 e dos adultos em geral desde 2000.
Um possível culpado
Os estudos envolveram a análise de informações de uma pesquisa anual realizada com alunos das escolas públicas dos Estados Unidos desde 1991. A cada ano, os adolescentes respondem perguntas sobre felicidade, além de fornecer informações sobre como passam seu tempo livre.
Os cientistas descobriram que os adolescentes que passaram mais tempo pessoalmente com amigos, se exercitando, praticando esportes, participando de serviços religiosos, lendo ou até mesmo fazendo tarefas de casa eram mais felizes.
Por outro lado, os estudantes que passavam mais tempo na internet, jogando videogame, nas redes sociais, enviando mensagens de texto, conversando por chat de vídeo ou assistindo televisão eram considerados mais infelizes.
Duas vezes mais infelizes
Em outras palavras, cada atividade que não envolve uma tela está ligada a um nível maior de felicidade, e cada atividade que envolve uma tela está ligada a um nível menor de felicidade. E a diferença é considerável: os adolescentes que passaram mais de 5 horas por dia online eram duas vezes mais infelizes do que aqueles que passaram menos de 1 hora por dia.
É claro que talvez as pessoas infelizes acabem procurando atividades que envolvam telas, mas, segundo os pesquisadores, um número crescente de estudos indica que na maioria dos casos são as telas que deixam as pessoas infelizes, e não o contrário.
Os pesquisadores então deixam um conselho bastante simples para aqueles que se interessaram pelos resultados da pesquisa: coloquem o telefone ou tablet de lado e façam alguma coisa – qualquer coisa – diferente.