Os 10 vulcões mais perigosos do Japão
Aproximadamente 13% dos 840 vulcões ativos no mundo estão no Japão. Esses números colocam a nação japonesa na condição de uma das que mais registram esse fenômeno natural e sofrem com as consequências dele, muitas vezes devastadoras. Mas você sabe quais são os vulcões mais perigosos no Japão e a localização de cada um deles? Existe alguma forma de evitar seus danos?
Naturalmente, os vulcões ativos mais perigosos são aqueles com possibilidade de erupção dentro dos próximos cem anos. Atualmente, esse número está estimado em 110 por todo o território japonês. Dentro dessa estimativa, os vulcões são classificados conforme a intensidade da atividade vulcânica.
Confira abaixo, 10 vulcões que estão entre os de maior grau de atividade e, por isso, são considerados alguns dos mais perigosos do país. Não dá para saber quando algo poderá vir deles, mas a equipe responsável procura tomar todas as providências para, pelo menos, minimizar os danos causados.
Os dez vulcões mais perigosos do Japão
1. Tokachidake (十勝岳)
O Monte Tokashi está situado no Parque Nacional Daisetsuzan, província de Hokkaido. É o maior vulcão dessa área, possuindo 2.077 metros de altura. Também configura a lista das “100 montanhas mais famosas do Japão”. O Monte Tokashi entrou em erupção pela última vez em 2004.
2. Usuzan (有珠山)
O Monte Usu está situado no Parque nacional Shikotsu-Toya, Hokkaido. O Monte Usu forma a borda sul da caldeira vulcânica que contém o lago Toya. Ele entrou em erupção quarto vezes desde 1900: em 1910, 1944-45 (criando o Monte Shōwa-shinzan), 7 de agosto de 1977 e em 31 de março de 2000.
3. Hokkaido-Komagatake (北海道駒ヶ岳)
O Hokkaido Komagatake é um dos vulcões mais ativos e violentos do Japão. Ele está localizado na Península de Oshima, sul de Hokkaido. Sua atividade vulcânica começou 30 mil anos atrás, com um hiato de aproximadamente 5.000 anos e recomeçando no início do século 17. Desde então, cerca de 50 eventos ocorreram no Monte Koma-ga-take, sendo o último em 2.000.
4. Tarumaesan (樽前山)
O Monte Tarumaesan é um vulcão ativo situado no Parque Nacional de Shikotsu-Toya, em Hokkaido. O Mt.Tarumaesan tem 1.041 metros de altura e está localizado na margem sul da caldeira do Lago Shikotu. É designado como Monumento Natural de Hokkaido e as trilhas que levam até a cratera são muito populares entre os turistas. A última erupção no Monte Tarumaesan ocorreu em 1981.
5. Asamayama (浅間山)
O Monte Asama é o vulcão mais ativo na ilha principal do Japão (Honshu). Ele está localizado nas fronteiras entre as províncias de Nagano e Gunma. Em 1783, houve uma grande erupção que causou muita destruição na área. Desde 1982, o vulcão tem se mostrado muito ativo, cuspindo lava e arremessando rochas no seu entorno. A última erupção no Monte Asama foi em 2009.
6. Mihara-yama (三原山)
O Monte Mihara é um vulcão ativo situado em Izu Oshima, a maior das Ilhas Izu, um grupo de ilhas vulcânicas sob a administração de Tóquio. O Monte Mihara tem 758 metros de altura e entrou em erupção muitas vezes, sendo que em 1986, 10 mil pessoas tiveram que evacuar a área por causa da intensa atividade vulcânica. A última erupção no Monte Mihara ocorreu em 1990.
7. Monte Oyama (大山)
O Monte Oyama é um vulcão situado em Miyake-jima, uma das ilhas do grupo Izu, administradas por Tóquio.
Este vulcão entrou em erupção muitas vezes ao longo da história, como em 1940, quando causou 11 mortes. Outras erupções vulcânicas ocorreram em 1962 e 1983.
Em julho de 2000, uma sucessão de erupções ocorreram no Monte Oyama e os moradores tiveram que abandonar a ilha por quase 5 anos devido ao grande fluxo de gás sulfúrico emanado pelo vulcão.
Em 2005, os moradores foram autorizados a voltar pra casa, mas são obrigados a usar máscaras de gás sempre quando há um aumento drástico nos níveis de enxofre no ar.
8. Unzendake (雲仙岳)
O Monte Unzen é um complexo vulcânico ativo constituído por diversos estratovulcões parcialmente sobrepostos, perto da cidade de Shimabara, província de Nagasaki. O pior desastre relacionado com vulcanismo registado no país ocorreu lá, em 1792, vitimando cerca de 15 000 pessoas. Entre 1990 e 1995, ocorreu várias erupções, sendo a maior delas em 1991, matando 43 pessoas.
9. Sakurajima (桜島)
Sakurajima é um vulcão ativo localizado em Kagoshima. Foi responsável pela maior erupção no Japão no século 20, quando em 1914, irrompeu tanta lava que a ilha transformou-se em uma península. Em 1955, o vulcão entrou em erupção novamente e desde então pequenas erupções tem ocorrido todos os anos. Apesar do perigo iminente, Sakurajima tornou-se atração turística na região.
10. Satsuma-lojima (薩摩硫黄島)
Satsuma-lojima ou simplesmente Iojima está localizado também em Kagoshima. Lá se encontra a Caldeira Kikai, com classificação A por causa de sua intensa atividade vulcânica. Como as erupções são constantes, o vulcão emite grandes quantidades de dióxido de enxofre, causando danos à agricultura local. Por causa do enxofre, a área do mar em torno da ilha é de cor amarela.
É possível prever ou evitar as erupções?
Para prevenir esse tipo de desastre natural é necessário um monitoramento constante por parte da Comissão de Coordenação de Previsão de Erupções Vulcânicas, que analisa o histórico de atividade vulcânica referente a cada vulcão ativo e observa com muito cuidado as possibilidades de erupções baseados nas últimas datas em que os fenômenos naturais foram verificados.
Além disso, entre outros aparatos, são feitos monitoramentos 24 horas com sistemas de alarme para capturar qualquer sinal de erupção. Mas como trata-se de um fenômeno natural, sabemos que apesar de toda a tecnologia envolvida e do monitoramento constante, eventos vulcânicos podem ocorrer sem aviso prévio, afinal a natureza é imprevisível e muitas vezes age de forma implacável.
Fonte: Japão em Foco