A relação dos japoneses com os trens é de dependência e paixão. Seja no inteirou ou nas grandes cidades, o transporte ferroviário é o grande meio de locomoção de massa no país.
Seja nas menores vilas ou nas maiores metrópoles, o fascínio que locomotivas e vagões exercem sobre as pessoas é enorme e vêm desde a época em que um modelo, movido a vapor, circulava.
Em 1871, partia do centro de Tóquio a primeira viagem sobre trilhos do Japão. E a Maria Fumaça, versão Oriente, está exposta no Museu do Trem, na cidade vizinha de Saitama.
“Abrimos em 2007 e o público principal é de famílias com crianças, que têm essa imagem romântica dos trens, mas também há vários adultos que nos visitam com a memória afetiva de determinados modelos, de determinadas épocas”, explica o gerente de marketing do museu, Yosuke Nagashima.
Um grupo de amigas visitava o museu pela primeira vez e disseram que o irmão de uma delas, louco por trens, recomendou e que elas passaram o dia inteiro ali.
É mesmo uma viagem no tempo onde se encontram relíquias como o comboio que serviu ao imperador e a evolução do trem-bala, um orgulho japonês, através dos anos.
O primeiro a circular no país, para a Olimpíada de 1964, está exposto, assim como os mais modernos.
Há uma ala em que se pode pesquisar quando os trens serviram de inspiração para a música, literatura, artes plásticas e uma mega Ferrorama, sonho de consumo de crianças e adultos.
Aliás, adulto virar criança é o que mais acontece. Os minitrens podem ser guiados de verdade.
Além da brincadeira de criança, tem brincadeira de adulto: o simulador do trem-bala, do Shinkansen.
O negócio é levado tão a sério que tem até que calçar luvinha branca. Uma instrutora acompanha a viagem, indicando os comandos. E o telão de alta definição reproduz muito bem a sensação de estar num trem de verdade.