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Kokuga. O minimalismo aplicado às flores

Kokuga. O minimalismo aplicado às flores
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Foram precisos três continentes e dois oceanos para Nathan Kunigami se dedicar às flores. O nome denuncia a origem japonesa, assim como os próprios arranjos que saem do seu estúdio em Lisboa: minimais, quase austeros, até mesmo estranhos.

Nathan tem 31 anos, viveu toda a vida no Rio de Janeiro e em 2018 veio para Portugal mudar de vida. O lado materno é brasileiro, o paterno japonês, e foi numa viagem ao Japão que o agora florista descobriu a arte do ikebana – e no fundo de onde vinha metade de si.

“O ikebana é uma técnica milenar japonesa de arranjos florais”, explica, sentado no sofá da sala, um open space que inclui também o seu atelier. “Existem diferentes escolas que ensinam diferentes formas de arranjos florais, e o que eu faço na verdade nem se pode chamar de ikebana, porque para se ser um mestre as pessoas estudam muitos anos, é algo extremamente complicado e com muitas regras.” No seu caso, aprendeu as técnicas base numa aula particular em Tóquio com uma artista local, que marcou através do Airbnb Experiences na tal viagem ao Japão, há dois anos. Gostou tanto do curso que pediu recomendações de livros, foi à procura das tesouras certas – as que ainda hoje tem na bancada de trabalho – e voltou para o Rio de Janeiro com um novo hobby de fim de semana.

Nessa altura, as flores dividiam o tempo – ou o pouco que restava dele – com o cargo de responsável de marketing de uma cadeia hoteleira internacional. “Fazia arranjos para mim, para praticar”, recorda Nathan, que partilhava o que fazia no Instagram sob o nome Kokuga, nome esse que viria a batizar a marca, mais tarde.

“Era o apelido original dos meus avós, embora não seja o meu”, diz. “Quando eles foram para o Rio, houve um erro de tradução e ficou Kunigami, mas era o apelido original da família e acaba por ser uma homenagem ao meu lado japonês, porque acho que foi daí que tudo surgiu.”

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Uma amiga, que costumava ver as fotografias, encomendou três arranjos para a inauguração de uma loja. “Foi o meu primeiro cliente e a partir daí percebi que podia fazer isto”, diz. Nessa altura, já não estava satisfeito com o trabalho, “queria sair da vida empresarial” e tinha falado com o namorado, hoje marido e então a viver em São Francisco, de morarem juntos noutra cidade. “Apaixonámo-nos por Lisboa e viemos em setembro de 2018. A mudança era uma forma de tentar perceber se este negócio era viável. Comecei oficialmente em janeiro e, depois deste primeiro ano, a boa notícia é que acho que sim. As coisas estão a ir devagar, porque é um negócio novo, mas estão a andar. Existe um mercado que quer este tipo de arranjo diferente.”

“Diferente” é um dos adjetivos que usa para apresentar o seu estilo. Outro é minimalista. “Eu não uso muitas flores, não faço arranjos muito cheios”, diz. O exemplo mais literal será quando colocou um único antúrio, escuro e seco, no centro de uma rede metálica. “É muito específico, não é toda a gente que gosta.”

Tecnicamente, e voltando à tradição japonesa dos arranjos florais, Nathan identifica-se com uma corrente chamada moribana por ser “uma abordagem mais contemporânea”. Mas, mais uma vez, fala de liberdade no momento de agarrar nas tesouras.

“Muitos artistas que fazem uma ikebana freestyle seguem esta escola, mas mesmo assim há muitas regras: os arranjos têm de ter uns graus específicos de inclinação, por exemplo. Eu não sigo nenhuma regra, mas posso dizer que encontrei o meu estilo através dessa técnica. Gosto do desequilíbrio que existe na moribana. São arranjos bastante assimétricos, os japoneses dizem que são um pouco inspirados na própria paisagem do Japão, nas montanhas e nos lagos.”

Para além da assimetria, o florista aposta em flores diferentes, ou até mesmo em elementos estranhos e inesperados, como espigas de milho secas, plantas aéreas ou o corno de um chifre que incorporou num arranjo com estrelícias dos Açores e que comprou na Feira da Ladra. “Nunca fiz nenhum arranjo com rosas. Nada contra as rosas, mas nunca aconteceu”, diz, entre risos. Ao invés das flores tradicionalmente mais românticas, o florista tem entre as suas preferências espécies como a banksia, a craspédia e os antúrios. “Não sei porquê, mas acho-os estranhos. É por isso que gosto deles.”

De 15 em 15 dias compra flores frescas no Marl, o mercado abastecedor de Lisboa, mas também usa espécies que secou previamente – o que explica o galho que tem atravessado na parede do atelier, com uma série de ramos pendurados de cabeça para baixo, como morcegos.

“Normalmente, quando vou às compras, não vou com uma ideia pré definida do que quero, e não tenho um modelo, cada arranjo é único. Como uso poucos elementos, gosto de tirar partido do próprio formato da flor.”

Entre os trabalhos feitos neste primeiro ano com a Kokuga contam-se montras de lojas, hotéis, galerias de arte e casamentos pequenos, mas a maioria são arranjos para a casa de clientes individuais. Um arranjo pode ir dos 45 aos 80€, dependendo do tamanho, e há também outra modalidade verdadeiramente personalizada que começa com uma visita ao espaço a intervencionar (a partir de 120€). Nesses casos, as flores saem das jarras para ocupar cubos de vidro e redes metálicas, ou simplesmente flutuar, presas com fios de nylon. “Tenho feito uns testes mais próximos da escultura e é também uma área de que gosto muito”, conclui o florista. A sala de jantar de casa é um dos melhores exemplos do que fala. Por cima da mesa, aquilo que parece um candeeiro moderno e retorcido é, na verdade, uma casca de árvore que apanhou em Sintra.

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