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O sentido de ser avó – Monja Coen

O sentido de ser avó – Monja Coen
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Avós nos tempos modernos continuam deseducando um pouco, mas com um brincar que inclui ensinamento. Assim define a Monja Coen, cujo nome civil é Cláudia Dias Baptista de Souza, mãe da Fábia, avó da Rafaela e bisavó do Mahao.

Em entrevista exclusiva para Elisabete Junqueira e Jorge Luiz de Souza, do portal avŏsidade, Coen compartilha partes da enorme sabedoria que acumulou depois que deixou o Brasil e a sua profissão de jornalista para viver em um mosteiro budista no Japão.

“Existe um papel de avô e avó, que é o de contradizer um pouco os filhos com relação aos netos”, diz ela. E explica que a função dos avós em relação aos pais é isto, de questioná-los: “vocês têm certeza de que esta é a melhor maneira de educar seu filho?”.

Com sua experiência, Monja Coen traz alguns ensinamentos bem precisos para aprimorar o relacionamento entre as gerações dentro de uma família. Um deles é permitir o convívio em lugares neutros, que não pertençam a um ou outro membro do grupo. Outra dica: evitar as discussões familiares nas refeições. “A gente, pra conversar, não precisa convencer o outro do nosso ponto de vista, mas ouvir, ouvir pra entender.”

Os mais velhos podem apontar caminhos, mas os mais jovens têm de viver suas próprias experiências – é outra sabedoria que ela compartilha. Mas às vezes é bem incisiva: “Ser boazinha é um crime, ninguém tem de ser bonzinho nesse mundo, tem que ser correto”. Eis os principais trechos da entrevista:

Ser avó em tempos modernos
“Hoje as avós são mais jovens e muitas delas estão ainda em áreas de trabalho. Antigamente, avó era geralmente uma pessoa que já tinha se aposentado, que tinha muita disponibilidade de estar com os netos, de cuidar, de dar suporte. Houve uma época em que as famílias moravam juntas, que é uma coisa que ainda se faz no Japão, a vovó e o vovô moram com o filho mais velho ou com a filha mais velha. Então, podem dar esse apoio familiar. Hoje é um pouco raro. Houve realmente uma mudança no papel do avô e da avó, que brincam um pouco mais, continuam brincando, continuam deseducando um pouco mais também, permitindo aquilo que os pais tão jovens não permitem. Eu acredito que a idade, a experiência, nos faz ver que as pessoas crescem e se desenvolvem melhor com brincadeira, com carinho, do que com rigidez. Mas tem que ter uma certa rigidez. Então, avô ou avó não são apenas aqueles que brincam, porque esse brincar inclui um ensinamento.”

Uma nova relação com a criança
“Uma coisa importante é partilhar com a criança. Chegar em casa e perguntar ‘o que você tem pra me ensinar hoje?’ Mudar um pouco o papel e ser mais lúdico. Ter encontros. Uma coisa que afasta… tem até as brincadeiras que se faz com as pessoas que ficam tanto tempo nos celulares. E que não olham mais para a cara dos filhos, da criança, da esposa ou do marido, cada um envolvido no seu mundo individual. Fica com a criança, mas está no celular como o pai e a mãe estão. Então, o personagem do avô e da avó que seria aquele que pode brincar junto, fazer bobagem junto, errar junto, de repente não está mais lá, porque está no celular. A gente tem que pelo menos uma hora por dia deixar o celular no ladinho, põe ele no mudo e vai brincar com a criança, vai estar presente.”

Ser boazinha é crime
“Ser boazinha é um crime. Ninguém tem de ser bonzinho nesse mundo, tem que ser correto e adequado. Para isso tem que ter sensibilidade pra perceber. Se eu falar agora, vai ser bom? Se eu interferir neste momento, vai ser adequado? Se não é, eu não interfiro agora. Mas eu percebo o momento certo de falar. Pra mim, funciona mais falar com o marido da minha neta do que com ela. Quando a coisa está mais assim eu chamo ele do lado sem ela ouvir. E aí funciona. Porque ele não tem essa intimidade que ela tem comigo. Dizer que ‘não vou ouvir, vovô, você é de outra geração’. Ele me ouve. Então, a gente tem que ter meios hábeis. Pra isso temos mais idade, pra isso temos mais experiência. Não pra competir com nossos filhos. Não pra competir com uma nova maneira de ser no mundo, que já não é mais a nossa. Embora a gente esteja, a gente já viveu num outro momento, então não há por que interferir tanto, mas estar presente. Dar a eles essa sensação de, se precisar, estou aqui.”

A vida é para ser vivida
“Na maior parte da vida a gente não usa a experiência do outro. A gente tem que passar. A gente gostaria que nossos filhos e netos pulassem etapas. Usa minha experiência, eu estou te dizendo… Mas não adianta. Algumas coisas, sim; mas a maioria, não. Eles têm que passar. E a gente apenas observa e lembra: eu também fui assim, olha o que eu fazia, também fiz arte, também não ouvi, não ouvi minha vovó, meu papai. Então a gente se lembra de que passamos por essas etapas. Por isso é mais bonito. A gente não tem pressa, não tem angústia, não tem ansiedade… A vida por si mesma vai fazendo com que aconteça. Eu posso apenas apontar. Apontar caminhos é isso. Dizer: ‘se você subir essa ladeira, você vai dar numa avenida tal; se você descer a ladeira, vai dar em outra avenida. Você quer ir pra que lado?’. Eu acho que a avosidade nos permite perceber como tudo passa.”

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