Recentemente li um relatório da Gallup Consulting produzido por Tom Rath e Jim Harter, em 2010, intitulado The Well Being Economics ou, em português, A economia do bem-estar.
O relatório mostra resultados de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 5.271 pessoas empregadas.
Alguns resultados me chamaram a atenção:
- 24% procurarão um novo emprego nos próximos 12 meses;
- 29% dos trabalhadores estão engajados com os seus trabalhos;
- 12% concordam que usufruem de um bem-estar mais elevado devido ao seu trabalho.
Mas também temos uma realidade brasileira para analisar. No estudo sobre a felicidade dos brasileiros, realizado em 2016 e conduzido pela TheWill2Grow e CVA Solutions, com 5.200 pessoas, descobrimos que o critério que mais impacto teria no incremento da felicidade no trabalho de empregados acima de 44 anos é “sentir que faço parte e acredito nos objetivos da empresa”.
Em outras palavras, engajamento. Especificamente pessoas entre 55 a 64 anos de idade atribuem 29% de importância a esse critério numa lista de mais de 12 opções e seguido somente pelo “desejo de melhorias no salário e benefícios”, que lidera o ranking de opções em todas as faixas etárias.
Já os mais jovens, entre 25 e 34 anos, escolhem como segunda opção “oportunidades de progresso na carreira”, com 54% de importância na mesma lista de opções dadas. Parece compreensível, dado os diferentes momentos da vida e prioridades. O curioso ainda é que, mesmo para os mais jovens, engajamento é o 4º critério mais importante para aumentar a felicidade no trabalho.
Dessa forma, eu me pergunto constantemente como os líderes lidam com a problemática de olhar para as equipes e engajá-las de forma sustentável.
Vários estudos internacionais mostram que empregados mais felizes são mais produtivos, mais saudáveis, reduzem custos para as empresas, interagem melhor mantendo os relacionamentos com colegas mais harmônicos, são vistos como mais competentes pelos pares e, por fim, servem melhor aos clientes, seja direta ou indiretamente e, assim, trazem melhores resultados às empresas.
Por outro lado, segundo Jim Harter constatou em estudo na área do bem-estar publicado no The Business Journal, líderes mais felizes são mais respeitados e motivam os outros para seguir a própria visão.