Uma atitude tomada nesta terça-feira (2) pela Dorna Sports, detentora dos direitos comerciais da MotoGP, mostra bem como não está fácil a situação das ligas espalhadas pelo mundo em meio à pandemia do coronavírus. A principal categoria do motociclismo mundial anunciou o cancelamento do GP do Japão, considerado pelas montadoras como a prova mais importante do calendário.
Esta será a primeira vez desde 1986 que a categoria não correrá em território japonês. O país asiático é a casa de três das principais fabricantes envolvidas na categoria (Honda, Yamaha e Suzuki), e a prova sempre acaba tendo ares de rivalidade, com as três multinacionais focadas em ganhar “em casa”. A corrida estava marcada para o dia 18 de outubro, no circuito de Motegi.
“A família MotoGP está trabalhando duro para poder reiniciar a temporada de corridas e realizar o maior número possível de eventos, da maneira mais segura possível. Por esse motivo, a FIM (Federação Internacional de Motociclismo) e a Dorna Sports decidiram que, até meados de novembro, a MotoGP permanecerá na Europa para realizar o maior número possível de eventos europeus”, comentou Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, para justificar a saída do GP do Japão do calendário.
A estratégia da MotoGP deverá ser muito parecida com a que tomou a Fórmula 1, principal categoria do automobilismo mundial, que anunciou, nesta terça-feira (2), as datas das oito primeiras provas de 2020, sendo todas na Europa e com direito a “rodadas duplas”. O objetivo é reduzir ao máximo o número de viagens e as distâncias percorridas por pilotos, mecânicos e todos os envolvidos nas modalidades entre uma prova e outra.
Com o cancelamento, o Japão se junta a Qatar, Alemanha, Holanda, Finlândia, Inglaterra e Austrália na lista de corridas canceladas. Além delas, os Grandes Prêmios da Tailândia, Argentina, Américas (nos EUA), Espanha, França, Itália e Catalunha possuem o status de “adiados” até o momento.