Obras de Picasso, Miró e Dalí, além de outros grandes artistas, estão confinadas em um armazém em Tóquio depois do cancelamento de uma exposição na capital japonesa, por causa da pandemia do COVID-19.
Devido à falta de vôos pela situação global da saúde, nem os organizadores japoneses da exposição podem devolver as obras para a Espanha, nem os técnicos do MNAC podem verificar presencialmente suas condições.
A coleção fez parte da exposição Barcelona, a Cidade dos Milagres Artísticos, que abriu na Galeria da Estação de Tóquio em 8 de fevereiro, e foi suspensa logo vinte dias depois, já que as indicações governamentais e mundiais eram de evitar aglomerações para evitar o contágio do vírus.
A exposição terminaria no dia 5 de abril, mas até esse dia a galeria ainda estava fechada. Então, ela foi desmontada e as obras foram armazenadas.
No entanto, a desmontagem não aconteceu como sempre: geralmente o MNAC envia supervisores para garantir seu padrão de armazenamento das obras — principalmente nesse caso, no qual havia também peças de mobiliário, como cerâmicas e móveis. A garantia foi feita, então, através de fotografias de alta qualidade enviadas pela galeria.
No entanto, representantes do museu afirmaram estar tranquilos com o processo por causa do profissionalismo da equipe da galeria. Semanalmente, a empresa que armazena as obras envia registros de temperatura e umidade, que são repassadas ao departamento de conservação preventiva das obras.