Se tudo sair como o planejado, daqui a exatos 400 dias o mundo estará reunido em Tóquio para acompanhar as Olimpíadas. Com testes em todos os envolvidos com os Jogos ou mesmo até com a tão sonhada vacina, os Comitês organizador e Internacional e o governo do Japão estarão provando que o mundo pode, de novo, se abraçar e dar as mãos em um grande evento.
Se nada sair como o planejado, daqui a 400 dias estaremos lamentando o fato que os Jogos foram cancelados. E o cancelamento, nesse caso, não é o das redes sociais, que vai e volta, e são tão comuns na atualidade. É um cancelamento total. Não teríamos mais os Jogos Olímpicos de Tóquio, e o mundo esportivo se encontraria de novo só em Paris 2024.
Esse grande abismo entre duas possibilidades que ainda são muito reais para as Olimpíadas, previstas para o dia 23 de julho do ano que vem, ainda perturbam muito a cabeça do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, do Comitê Olímpico Internacional e do governo do Japão.
Os próprios dirigentes não conseguem confirmar 100% a realização das Olimpíadas, embora jurem de pés juntos que não se discute internamente o cancelamento. Mais uma prova que, no fundo, não dá para saber nada, não saberemos como o mundo estará daqui a um mês, quanto mais dentro de um ano.
O adiamento dos Jogos trouxe muito prejuízo para os organizadores, desde o alto custo da manutenção por mais um ano de todas os locais de competição, até as possíveis diminuições nos valores dos contratos com patrocinadores. O problema número 1, porém, são as indenizações que serão pagas a quem já comprou o apartamento da vila olímpica, mas receberá só um ano depois do combinado.
Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional e o governo japonês podem abraçar a causa de uma vez por todas e serem os responsáveis pelo grande momento de vitória contra o novo coronavírus. As Olimpíadas podem ganhar ainda mais relevância, passando do maior evento esportivo/cultural do ano, para o principal acontecimento de todo ano de 2021.
É impossível responder com convicção se teremos ou não as Olimpíadas, mas já podemos afirmar que, se os Jogos forem realizados, serão diferentes do que conhecemos.