Em meados de 1942, a guerra no Pacífico era intensa. Após aumento das campanhas japonesas contra a defesa dos americanos, iniciada após Pearl Harbor, o Império do Sol Nascente iniciou um esforço de criação de um círculo defensivo distante de Tóquio, visando a ocupação de Fiiji, Samoa e Havaí, rumo à Costa Oeste dos EUA. Para tanto, um local estratégico era o Atol de Midway, ocupado por Washington.
Apesar da breve experiência em campo e menos equipamento, a Marinha dos EUA conseguiu antecipadamente a informação de que os japoneses chegariam ao atol, resultando numa vantagem estratégica. Ao interceptar mensagens de rádio, o local do ataque foi determinado, assim como a data.
O plano do Almirante Yamamoto já era de conhecimento de Chester Nimitz, responsável pela defesa dos EUA. Os japoneses, com o dobro de porta-aviões, direcionaram os veículos de guerra ao local, o que obrigou uma mobilização estadunidense.
O comando de guerra, então, ordenou que um contingente de 1.500 trabalhadores industriais fosse transferido para a área de reparos, assim possibilitando o uso do navio Yorktown na batalha — que, de três meses especulados, foi reparado em 24 horas.
Assim, foi iniciada à mobilização dos equipamentos. Nimitz criou uma rota de emboscada a partir do nordeste do atol. 100 bombardeiros foram levados à ilha e colocados em posições defensivas. O objetivo era que os japoneses atacassem primeiro.
No entanto, nenhum dos exércitos tinha a opisção exata do inimigo. Os EUA decidiram esperar, enquanto os japoneses optaram por mandar uma rota (insuficiente) de rastreamento.
A frota de análise japonesa revelou a posição e estragou o ataque-surpresa. De imediato, os navios imperiais iniciaram a navegação rumo a Midway, com uma grande cobertura aérea.
O contra-ataque estadunidense foi acionado, e assim foi iniciada uma das maiores batalhas aéreas da Segunda Guerra. Os torpedeiros dos EUA voavam baixo para atingirem os navios, e, como consequência, eram alvos fáceis.
No primeiro ataque, a sorte parecia estar com o Japão: sem nenhuma perda material, contra a morte de quase todos os pilotos do EUA, o moral nipônico crescia. Porém, uma série de erros inverteu o cenário.
Inicialmente, não se tinha certeza quanto ao contingente de navios escondidos dos EUA e, por isso, o bombardeio de Midway sofreu atrasos.
Depois, um defeito no rádio de uma aeronave impediu o alerta antecipado da localização da esquadra estadunidense pelos japoneses, o que possibilitou o início despreparado de um segundo ataque aéreo nipônico, que pôde ser contido. Ao mesmo tempo, falhas de equipamentos dos EUA diminuíram os prejuízos do inimigo, pois a maioria das bombas acabaram no mar.
A batalha se tornou o embate entre a inexperiência estadunidense e a indecisão japonesa. Almirante Nagumo mudou a rota dos ataques diversas vezes, dependendo das informações que chegavam. Com frotas aéreas mais rápidas, o Japão avançou. Porém, novamente de inverteu o cenário quando um tenente de nome Best conseguiu a proeza de explodir o navio Akagi do inimigo.
Então, os ataques destruíram, respectivamente, o Kaga, o Soryu (Japão) e o Yorktown (EUA). Porém, esse último morreu lutando, destruindo uma série de frotas aéreas do inimigo. Então, num ultimo ataque, os EUA lançaram um bombardeio ao grande porta-aviões Hiryu, que resistiu por horas até ser incendiado definitivamente. Junto, afundaram Yamaguchi e Kaku, dois oficiais da marinha.
Com a inesperada vitória dos EUA, a Batalha de Midway foi vencida por estratégia e pela sorte, mesmo diante de tantos erros, e reverteu o cenário geral do avanço do Eixo no Pacífico. Com a perda de seus maiores porta-aviões e impossibilitados de chegar ao Havaí, o Japão começou a perder territórios, o que levou a sua derrota três anos depois.