Não são poucas as vezes que viramos a noite jogando um game no qual estamos viciados. Daqueles que não conseguirmos largar até chegarmos ao final e, para isso, passamos inúmeras horas seguidas tentando finalizá-lo. Mas, para uma pequena cidade japonesa, isso não é mais uma realidade para muitos habitantes.
A cidade de Kagawa, no Japão, implementou um limite de tempo para que menores de 20 anos de idade fiquem jogando videogame. Para a prefeitura, o certo seria no máximo uma hora durante os dias das semana e uma hora e meia nos finais de semana.
Segundo informações do The New York Times, o estudante colegial Wataru, de 17 anos, iniciou uma vaquinha online para conseguir acabar com o decreto municipal, afirmando que ele foi criado sem base científica, de forma autoritária. Para o jovem, o Estado quer intervir, de maneira invasiva, em questões que deveriam ser decididas pelas famílias, além de ir de encontro aos direitos fundamentais e individuais dos cidadãos japoneses.
Então, um importante nome se juntou à luta de Wataru: o advogado Tomoshi Sakka, famoso por contestar leis que infringem a Constituição do Japão, quer provar que o decreto de Kagawa não tem fundamento.
Tokihiro Matsumoto, membro do parlamento japonês, também se uniu à causa, mas acredita que pouco pode ser feito contra a medida e afirma que há poucas chances de sucesso no processo contra a prefeitura. Neste caso, é necessário conseguir comprovar que existe uma violação dos direitos individuais e, como não há sanções práticas acontecendo, é difícil mostrar um impacto verdadeiro na vida dos cidadãos.