O atual chefe do gabinete do governo do Japão e candidato ao cargo de primeiro-ministro, Yoshihide Suga, disse na sexta-feira (11) que um novo aumento de imposto nos próximos 10 anos não é necessário.
Contudo, Suga ressaltou que um aumento depois desse período é inevitável considerando a diminuição no número de jovens e o envelhecimento da população do país. Ele prometeu que o governo fará o possível para tornar a máquina pública mais eficiente a fim de adiar ao máximo um novo aumento nos impostos.
Suga prometeu ainda esforços para revitalizar a economia do Japão, além de controlar a atual pandemia de COVID-19, que fez o PIB do país registrar crescimento negativo de -28,7% no segundo trimestre do ano.
Por outro lado, a opinião de Suga, que também é a de Abe, foi contrariada pelo atual ministro das Finanças e também vice-primeiro-ministro, Taro Aso, que citou o orçamento extra de 230 trilhões de ienes necessários para as medidas contra a pandemia de COVID-19. Ele citou a questão dizendo que Suga deve saber muito bem a situação financeira que o país se encontra.
Aso também disse que a queda na população é um dos problemas enfrentados pelo Japão a médio e longo-prazo. Ele disse que para garantir o sistema de seguridade social será preciso garantir a entrada de recursos na máquina pública. Aso disse ter convicção de que um novo aumento dos impostos é a melhor forma de atingir este objetivo.