O ministro da Administração Pública, Taro Kono, falou na terça-feira (29) sobre as suas recentes declarações, na qual pediu para que a população e as empresas do país deixassem de usar os tradicionais carimbos hanko, necessários para se assinar diversos tipos de contratos no Japão.
Com a pandemia de COVID-19 e a necessidade de digitalizar vários serviços do país, a tradição do carimbo se viu ameaçada pela primeira vez em séculos no Japão.
Enquanto uma parte da população defende a tradição, outros acreditam que é hora de mudar. O ministro Taro Kono é uma destas pessoas e ele mesmo declarou em sua conta no Twitter que o carimbo não é mais necessário para assinar contratos.
O ministro disse na terça-feira que se reuniu com várias pessoas e empresas que trabalham na confecção dos carimbos e obteve a compreensão destas pessoas. Kono acredita que é possível manter a indústria dos carimbos vivas, porém não como uma fábrica para novos carimbos de uso empresarial ou comercial, mas do ponto de vista da cultura.
O hanko faz parte da cultura japonesa e existe vários tipos de carimbos, estojos e acessórios. Além do uso burocrático, o carimbo é um item pessoal que é diferente para cada pessoa. A ideia de Kono é manter viva esta tradição cultural, como um lado “cool” do Japão.