Uma pesquisa publicada na sexta-feira (24) pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão concluiu que cerca de 70% das empresas do país que contratam estagiários do programa de estágio técnico do governo violam leis trabalhistas.
Atualmente o país conta com cerca de 410 mil estrangeiros dentro da categoria de estagiário do programa técnico do governo japonês, que é oferecido para jovens de vários países da Ásia.
Apesar da promessa feita aos jovens de adquirir conhecimentos especializados e levá-los de volta para seus países de origem, o programa tem sido usado pelas empresas como uma forma de obter mão-de-obra barata.
A pesquisa feita com 9.455 empresas do país, mostra que 6.796 delas violam leis trabalhistas. Em termos percentuais o número representa 71,9%. É o maior número registrado desde 2003.
As principais violações são relacionadas as horas de trabalho em que são expostos os estagiários, com 21,5% das empresas violando estas leis. Em segundo lugar aparece a falta de segurança no local de trabalho com 20,9%. Em seguida está o não pagamento das horas-extras dos estagiários com 16,3%.
O ministério confirmou casos em que as empresas obrigam os estagiários a fazerem mais de 100 horas-extras em um mês, além de pagar salários menores do que 400 ienes por hora.