Após um ano de adiamento, nesta quinta-feira a chama olímpica finalmente começou sua jornada para cruzar todo o Japão. O revezamento da tocha será realizado sob rígidas medidas contra o coronavírus, passando por todas as 47 províncias japonesas.
O revezamento teve início em um centro nacional de treinamento chamado J-Village, na província de Fukushima, no nordeste do país. O local foi a base para os trabalhos de descontaminação da danificada usina nuclear Fukushima 1. Autoridades escolheram o lugar para o início da jornada como forma de exibir os esforços de recuperação após o enorme terremoto seguido de tsunami e desastre nuclear que devastaram a área há uma década.
Cerca de 10 mil pessoas devem carregar a tocha olímpica em diversos pontos. Devido à pandemia, autoridades pedem que os espectadores locais não se aglomerem ao longo do percurso e que não gritem alto para apoiar os corredores. O uso de máscaras também será exigido e a população foi orientada a não viajar entre diferentes províncias. Cada pessoa selecionada vai carregar a tocha por cerca de 200 metros do percurso, por volta de dois minutos.
A realização do revezamento, contudo, não ocorre sem controvérsias. Algumas pessoas selecionadas para carregar a tocha retiraram suas candidaturas após o ex-presidente do comitê organizador ter feito comentários considerados machistas no mês passado.
A tocha está prevista para cruzar todo o Japão por 121 dias antes de chegar ao Estádio Nacional de Tóquio, a tempo para a cerimônia de abertura em 23 de julho.