O órgão regulatório do setor nuclear do Japão anunciou quarta-feira que tornará pública a verificação da eficácia e da adequação das instalações a serem construídas para a diluição da água tratada da usina nuclear Fukushima 1 antes da sua liberação no oceano.
O anúncio segue-se ao feito terça-feira pelo governo do Japão de que aprovou oficialmente o despejo marítimo da água tratada no complexo.
Água é utilizada no resfriamento de combustível derretido na usina Fukushima 1. A água residual mistura-se com água da chuva e do subsolo que flui para o interior dos prédios dos reatores danificados, acumulando-se a uma taxa de 140 toneladas por dia. A água resultante é submetida a tratamento que remove a maior parte da radiação, permanecendo, porém, o elemento radioativo trítio. Antes da sua liberação no mar, a água será diluída para que o teor de trítio fique bem abaixo das normas nacionais.
O governo japonês instruiu a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco), que administra a usina, a obter o equipamento necessário para o início, dentro de aproximadamente dois anos, da liberação da água no mar.
Na quarta-feira, a Autoridade de Regulação Nuclear anunciou que também vai tornar pública a sua verificação do modo como a Tepco fará a medição do teor de trítio.
O órgão analisou a possibilidade de monitorar as águas oceânicas após o despejo da água tratada. A monitoração do oceano deverá estar a cargo de um conselho integrado pelo Ministério do Meio Ambiente do Japão, por outras pastas pertinentes, pelo governo da província de Fukushima e pela Autoridade de Regulação Nuclear. Este órgão planeja fazer verificações intensivas do teor de trítio.
Além disso, a Autoridade de Regulação Nuclear pretende receber orientação da Agência Internacional de Energia Atômica na avaliação das instalações de tratamento da água e no acompanhamento dos resultados.