Uma pesquisa mostrou que os orfanatos do Japão abrigam ao menos 637 crianças estrangeiras, sendo que 24 delas são apátridas.
O governo e as autoridades não têm dados específicos sobre essa situação, mas funcionários das instituições precisam lidar com idiomas e culturas diferentes ao cuidar das crianças que perderam os pais ou foram separadas de suas famílias devido a maus-tratos ou problemas financeiros.
A proporção de crianças estrangeiras costuma ser alta em áreas urbanas nas regiões de Kanto, Chubu e Kansai. Na cidade de Kawasaki (Kanagawa), o índice era de 37%.
Crianças sem nacionalidade japonesa precisam de um status de residência para permanecer no Japão, mas os funcionários não estão acostumados com o sistema e várias instituições apontaram que a renovação do visto é difícil e o escritório de Imigração é exigente.
De acordo com o Centro de Aconselhamento Infantil da cidade de Tsu (Mie), até então havia muitos brasileiros e peruanos que falavam apenas português ou espanhol, mas recentemente também aumentou o número de crianças chinesas e vietnamitas.
De acordo com estatísticas do Ministério da Justiça, o número de crianças apátridas (entre 0 e 4 anos) está crescendo à medida que os trabalhadores estrangeiros também aumentam no país.
O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar começou a fazer levantamentos em outubro do ano passado sobre a situação das crianças estrangeiras que vivem em instituições infantis e orfanatos, uma vez que nem mesmo o governo tem ideia do tamanho do problema.
Fonte: Alternativa