Uma máscara descartável foi encontrada nas fezes de uma tartaruga marinha verde juvenil capturada na costa nordeste do Japão, podendo contaminar o ecossistema marinho.
Durante 15 anos, nenhuma máscara facial foi encontrada na região antes da pandemia. Embora as tartarugas marinhas sejam conhecidas por ingerir plásticos acidentalmente.
Desde o surto do novo coronavírus no mundo, os relatos de máscaras descartáveis entrando no oceano aumentaram em áreas costeiras.
As máscaras comercializadas contêm estabilizadores para evitar que o plástico se deteriore devido aos raios ultravioleta. Os aditivos são considerados desreguladores endócrinos, ou seja, podem interferir nos sistemas hormonais dos organismos.
A tartaruga verde juvenil foi capturada viva em uma rede na província de Iwate em agosto de 2021 e atualmente está sendo mantida em cativeiro.
O item posteriormente confirmado como uma máscara de polipropileno não tecido foi encontrado em suas fezes por Takuya Fukuoka, pesquisador da Universidade de Agricultura e Tecnologia de Tóquio.
Hideshige Takada, professor da mesma universidade que também participou do estudo, disse que as descobertas sugerem que a vida marinha está sendo exposta a substâncias químicas por meio da ingestão acidental de detritos plásticos.
Com o uso de máscaras e outros equipamentos de proteção individual que provavelmente continuarão por algum tempo, “precisamos tomar medidas como garantir o gerenciamento adequado de resíduos e alterar os aditivos”, disse ele.
Fonte: Kyodo News