Tóquio – Pesquisa revela que mulheres jovens no Japão que desejam casar querem apenas um filho ou nenhum. É a primeira vez na história do pós-guerra que o número médio de nascimentos desejados fica abaixo de dois, o que aumenta a preocupação das autoridades com o rápido envelhecimento da população, publicou a Kyodo News.
O Instituto Nacional de Pesquisa de População e Previdência Social descobriu também nessa pesquisa feita em 2021 que o interesse pelo casamento caiu significativamente entre jovens adultos desde o último levantamento em 2015.
A pesquisa do Instituto é sobre tendências de nascimento e casamento, a qual é feita a cada cinco anos desde 1940. A do ano passado recebeu respostas de 7.826 pessoas solteiras e de 6.834 casais.
Os dados foram divulgados recentemente e mostram que “o interesse em formar famílias caiu ainda mais”, citando “a possibilidade de que as incertezas durante a pandemia de coronavírus tenham impactado as esperanças e intenções das pessoas para o futuro”.
Na pesquisa, a maioria dos 4.086 entrevistados solteiros entre 18 e 34 anos não quer filhos ou quer apenas um filho, com a média para mulheres caindo de 2,02 filhos em 2015 para 1,79 e a média para homens caindo de 1,91 para 1,82.
A recomendação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de uma taxa média de fecundidade de 2,1 nascimentos ao longo da vida de uma mulher para a manutenção de uma população estável.
O Instituto também descobriu que o interesse pelo casamento diminuiu em relação à pesquisa anterior. Ficou em 84,3% entre as mulheres, com queda de 5%, e 81,4% entre os homens, queda de 4,3%.
Os dados relativos aos que esperavam se casar estão relativamente estáveis desde 1997.
Uma em cada três pessoas não quer um relacionamento, enquanto 27,8% das mulheres solteiras e 21,1% dos homens solteiros estavam em relacionamentos.
Mas que fatores podem influenciar a possibilidade de um casamento? 70,2% das mulheres disseram que são as atitudes e as habilidades de um parceiro relacionadas ao trabalho doméstico e à criação dos filhos, ficando acima dos 57,7% da pesquisa anterior, enquanto 48,2% dos homens citaram o potencial de ganhos de um parceiro, acima de 41,9%.
O Instituto também revelou no levantamento que a pandemia afetou a forma como os casais se encontram, alterada pelas diretrizes de teletrabalho. Entre os que se casaram entre julho de 2018 e junho de 2021, 13,6% se conheceram via online por meio de mídias sociais ou aplicativos de relacionamento.
Fonte: Alternativa Online