O medicamento oral “Mefeego Pack” abortivo aprovado em abril, no Japão, começou a ser utilizado em clínicas médicas.
Enquanto algumas mulheres grávidas que utilizaram esse medicamento afirmam que ele pode aliviar o fardo mental e físico em relação ao método convencional, e que ter mais opções é algo positivo, os médicos que o prescreveram apontam que as mulheres necessitam de atenção ao utilizá-lo.
O medicamento prescrito foi desenvolvido pela empresa farmacêutica britânica LinePharma e destina-se a mulheres grávidas de até 9 semanas, que devem tomar dois tipos de medicamentos com um intervalo de 36 a 48 horas.
De acordo com a Dra. Miho Uchida, diretora da Fides Ledies Clinic (Minato-ku, Tóquio), mulheres entre 20 e 40 anos que interromperam a gravidez, com o uso do medicamento, não tiveram efeitos colaterais graves.
No método convencional, a cirurgia geralmente dura cerca de 10 a 15 minutos, e durante o início da gravidez (menos de 12 semanas), pode ser realizada em regime de ambulatório. Em contraste, o medicamento oral para interrupção da gravidez leva cerca de 3 dias desde o momento da ingestão do primeiro medicamento até a conclusão do procedimento. Atualmente, é obrigatório aguardar no hospital após tomar o segundo medicamento, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, e a prescrição está limitada as clínicas que possuem leitos.
O professor Yutaka Osuga (Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Escola de Pós-Graduação em Medicina da Universidade de Tóquio) expressou sua opinião: “considerando a atual falta de suporte ao ambiente de trabalho e à saúde das mulheres, é difícil imaginar um rápido aumento na proporção de mulheres que irão escolher o medicamento para interromper a gravidez. Na Europa e nos Estados Unidos, levou de 10 a 20 anos para que a proporção entre o uso do medicamento e o procedimento cirúrgico ultrapassasse 50%, então, acredito que no Japão também será assim”.
Fonte: Yahoo