A construção civil no Japão enfrenta uma crise devido à falta de trabalhadores qualificados. Até agosto de 2023, já ocorreram 1.082 falências na indústria, se aproximando das 1.204 de todo 2022, a mais alta em seis anos. Em junho, houve 160 falências, o pico em quase uma década.
Essa crise é motivada por vários fatores. O aumento nos preços de materiais de construção, como aço e madeira, é um dos principais. Embora tenha sido menor em comparação com o ano passado, afeta a lucratividade das empresas, contribuindo para até 20% das falências.
A indústria também enfrenta o envelhecimento da força de trabalho, com artesãos experientes se aposentando e falta de jovens interessados. Profissionais qualificados, como arquitetos, saem devido a salários insatisfatórios, dificultando a conclusão de projetos.
Um estudo da empresa “帝国データバンク” (banco de dados imperial) revela que cerca de 70% das empresas de construção enfrentam escassez de mão de obra, 5% delas com falta crítica. Isso afeta canteiros de obras, gerando preocupações com atrasos em projetos, como casas e estradas.
A situação pode piorar em abril de 2024, quando regulamentações de horas extras se aplicarão à construção. Enquanto cidades demandam mais mão de obra para projetos, áreas rurais podem ter dificuldades na construção e manutenção de infraestrutura.
A crise na construção civil é urgente, afetando não só a indústria, mas a qualidade de vida e projetos essenciais no Japão. Atrair e treinar novos trabalhadores e melhorar salários são cruciais para enfrentar esse desafio crescente.
Fonte: Mainichi News