O governo japonês anunciou planos para oferecer subsídios a instituições educacionais e creches para a implantação de câmeras de segurança. Esta iniciativa tem o objetivo principal de combater o abuso sexual infantil, uma preocupação crescente no país.
Entretanto, uma proposta legislativa que pretendia estabelecer restrições de emprego para condenados por crimes sexuais, especialmente em funções relacionadas com crianças, foi postergada. Ayuko Kato, ministra encarregada das políticas externas para a infância, informou que a proposta será revisitada em breve.
O assunto ganhou destaque no Japão após acusações de que Johnny Kitagawa, fundador da renomada agência de talentos Johnny & Associates Inc, teria abusado de meninos e jovens ao longo dos anos. Em resposta, e pouco antes da agência renomear-se “Smile-Up”, Kishida reforçou o compromisso do governo em erradicar abusos e violência contra menores, classificando tais atos como “graves violações dos direitos humanos”.
Além das câmeras, o governo pretende introduzir divisórias em creches e pré-escolas, garantindo mais privacidade para as crianças durante as trocas de roupas.
Uma discussão interna entre os membros do Partido Liberal Democrata gerou críticas a um sistema proposto semelhante ao “DBS Japonês”, que tem paralelos com o Serviço de Divulgação e Barramento Britânico. A preocupação era que o sistema não abrangesse investimentos privados e creches que operam fora do controle público. Kato, por sua vez, reiterou que o governo está empenhado em apresentar uma proposta legislativa numa próxima sessão, prevista para o início do próximo ano.
Fonte: Mainichi