Uma equipe de pesquisadores no Japão planeja solicitar aprovação visando transplantar células hepáticas derivadas de células-tronco embrionárias em bebês recém-nascidos com uma doença intratável. Se aprovado, esse seria o primeiro uso no Japão de células tronco-embrionárias em tratamento médico.
Os pesquisadores do Centro Nacional de Saúde e Desenvolvimento Infantil conduziram testes clínicos em cinco recém-nascidos com uma doença intratável conhecida como distúrbio do ciclo da ureia.
A doença envolve a falta de enzimas no fígado para quebrar a amônia. O distúrbio do ciclo da ureia pode ser fatal e um transplante de fígado é a única cura potencial.
No entanto, recém-nascidos não podem ser submetidos a transplantes convencionais de fígado até atingir três a cinco meses de idade.
Nos testes clínicos realizados até 2021, os pesquisadores transplantaram células-tronco embrionárias em cinco bebês por meio de seus vasos sanguíneos. Dois deles não desenvolveram convulsões até que um transplante convencional de fígado fosse concluído, enquanto outros três tiveram convulsões leves. Nenhum deles teria desenvolvido efeitos colaterais graves.
Os pesquisadores concluíram que os efeitos e a segurança do tratamento foram confirmados. Eles afirmam que pretendem solicitar a aprovação do tratamento como medicamento regenerativo após concluírem um contrato com empresas.
O líder da equipe, Fukuda Akinari, declarou ter ficado aliviado ao constatar os cinco bebês em bom estado de saúde. Ele disse que a aprovação do tratamento dependerá de futuras verificações e acredita que será uma nova opção para ajudar os pacientes a se submeterem a transplantes de fígado convencionais com segurança.