O governo japonês, por meio da Agência de Serviços de Imigração, está avaliando uma proposta que simplificará os requisitos de residência para empreendedores de outros países. O intuito dessa iniciativa é fortalecer a economia do país ao estimular cidadãos estrangeiros a estabelecerem empresas no Japão.
No novo modelo em análise, empreendedores do exterior poderiam residir no Japão por até dois anos em fase de preparação para inaugurar seu negócio, desde que possuam um plano de negócios validado e cumpram certos critérios. Essa proposta é uma alternativa mais flexível em relação às regras vigentes, que exigem dos estrangeiros um local já estabelecido para o negócio, pelo menos dois funcionários em tempo integral e um fundo de capital mínimo de ¥ 5 milhões (aproximadamente 33.000 dólares) – condições estas consideradas desafiadoras para indivíduos sem condição financeira.
Embora o Japão já tenha implementado anteriormente programas que facilitam a estadia de empreendedores estrangeiros, eles eram restritos a áreas específicas como Tóquio e Fukuoka ou dependiam do apoio de governos locais certificados, como foi o caso de Hokkaido, Sendai e outras localidades.
A intenção atual é consolidar e expandir tais programas para todo o território japonês. Para isso, a Agência de Serviços de Imigração tem planos de revisar as normativas correspondentes até o final do ano fiscal de 2024, em coordenação com ministérios e órgãos pertinentes.
Os dados recentes indicam um crescente interesse de estrangeiros pelo cenário empresarial japonês: em junho deste ano, aproximadamente 35.000 estrangeiros residiam no Japão com status de gestores de negócios, um incremento de 7.800 em relação a 2019. A nova proposta pode ampliar ainda mais esses números.
Fonte: The Japan Times