Autoridades japonesas confirmaram que já passa de 300 o número de desaparecidos após o devastador terremoto de Ano Novo na região central do Japão. A tragédia, que já contabiliza 202 mortes, se agrava com as severas condições climáticas, que estão dificultando os esforços de resgate.
A província de Ishikawa, especialmente as cidades de Wajima, Suzu e Nanao, está no centro dessa crise. A contagem de desaparecidos aumentou drasticamente desde domingo, com 281 pessoas ainda não localizadas apenas em Wajima. O governo local, em um esforço desesperado para encontrar sobreviventes, anunciou uma grande operação de busca.
O terremoto, de magnitude 7,6, atingiu a Península de Noto e outras áreas ao longo da costa do Mar do Japão. Desde então, as condições meteorológicas têm se agravado, com acumulações de neve dificultando ainda mais as operações de resgate. Suzu registrou 13 centímetros de neve, enquanto Nanao e Wajima também enfrentaram significativas acumulações e temperaturas abaixo de zero. Até o momento, cerca de 29 mil pessoas foram evacuadas da região afetada.
Para complicar ainda mais, há uma preocupação crescente com o isolamento de cerca de 2.300 pessoas em áreas como Wajima e Suzu, onde as estradas foram severamente danificadas. As autoridades estão em alerta também com a possibilidade de disseminação da COVID-19, especialmente nos centros de evacuação. Por esse motivo, estão sendo feitos esforços para realocar os sobreviventes em hotéis, na tentativa de minimizar o risco de contágio.
Fonte: Mainichi