Três residentes de origem estrangeira que vivem no Japão deve buscar indenização contra o Estado e o governo local pelo que alegam ser discriminação racial pela polícia.
Taniguchi Motoki, advogado dos demandantes, disse que os três cidadãos do sexo masculino, que residem em Tóquio, em Aichi e em outra localidade, sofreram forte apreensão devido a repetidos interrogatórios policiais com base em sua nacionalidade, etnia ou aparência.
O advogado afirmou que os três estão se preparando para entrar com uma ação judicial no Tribunal Distrital de Tóquio, buscando 3 milhões de ienes em indenização, por pessoa, do Estado japonês, do governo metropolitano de Tóquio e da província de Aichi. Os demandantes afirmam que o interrogatório policial é um ato de discriminação e viola a Constituição.
Fazer uso de aspectos como raça, cor da pele, país de origem e outros fatores para direcionar pessoas a interrogatórios ou investigações policiais é um problema em todo o mundo. A prática é chamada de perfilamento racial. Um comitê das Nações Unidas recomendou que diretrizes sejam estabelecidas para evitar tais práticas.
Taniguchi disse que a planejada ação judicial seria a primeira movida no Japão para combater a ilegalidade de interrogatórios policias com base em perfilamento racial.
Ele disse esperar que o processo seja uma oportunidade para as pessoas refletirem se as ações policiais no país estão de acordo com o padrão internacional.
Um dos demandantes é um homem de ascendência indiana. Ele mora no Japão há mais de 20 anos, desde que chegou ao país depois de se casar com uma pessoa de nacionalidade japonesa.
Ele disse que planeja abrir o processo judicial porque deve haver muitas outras pessoas sofrendo do mesmo problema.
Fonte: NHK World-Japan