O templo Nanzoin, na província de Fukuoka no sudoeste do Japão está gerando controvérsia e críticas por sua recente decisão de cobrar entrada apenas de turistas estrangeiros, em um momento em que questões relacionadas a pessoas do exterior estão ganhando atenção nas eleições nacionais.
Nanzoin é conhecido por sua estátua de Buda reclinado de 41 metros de comprimento, vem cobrando 300 ienes de visitantes estrangeiros para entrar, dizendo que os fundos são necessários para lidar com comportamentos incômodos.
Um especialista disse que a medida “carece de transparência”, já que o debate sobre a política de preços para turistas estrangeiros — cujos números atingiram um recorde — se intensificou antes da eleição da Câmara dos Vereadores no domingo.
Uma placa com os dizeres “Visitantes” em inglês fica na entrada da área ao redor de uma das maiores estátuas do gênero no mundo, onde estrangeiros fazem fila para pagar uma taxa em um guichê de recepção. Aqueles com comprovante de estadia de longa duração no Japão para trabalho ou estudo estão isentos.
Como os japoneses não pagam, não há nenhuma explicação em japonês na placa. Funcionários ou seguranças confirmam verbalmente, fazendo perguntas como “Você é do Japão?” antes de instruí-los a furar a fila sem esperar.
Kakujo Hayashi, o monge chefe do templo, disse que o número de visitantes estrangeiros aumentou desde que o Japão suspendeu as restrições da COVID-19, o que levou a mais lixo, consumo de bebidas alcoólicas e uso de fogos de artifício no local, bem como uso indevido dos banheiros.
“Queremos que alguém assuma a responsabilidade pelos custos extras” de limpeza e segurança, disse Hayashi, 72, acrescentando: “Não é discriminação”.
Preços diferenciados com base na nacionalidade não são novidade no exterior, com grandes atrações como o Taj Mahal da Índia cobrando mais dos visitantes estrangeiros na entrada para ajudar a cobrir os custos de manutenção e, ao mesmo tempo, manter o acesso acessível para os moradores locais.
Fonte: Kyodo









